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Opinião

CARTA ABERTA A UMA AMIGA (OU O MUNDO DEPOIS DE TI)

Acreditas que ainda hoje tenho saudades tuas? Todos os dias morro um pouco mais de saudades tuas; mas olha eles dizem que tu, onde estás, me vais acompanhando. Eles garantem-me que me vais acompanhando como se eu não fosse a pessoa céptica que sou e eu deixo-me acreditar porque dói menos. Dói menos se acreditar que andas algures a fazer as tuas traquinices e a derrubar as jarras bonitas de alguém. Hoje gostava que ainda derrubasses as nossas jarras bonitas.

O ORÇAMENTO E OS SALDOS…

Chegado o final de janeiro, vou fazer o meu orçamento familiar para fevereiro. Deixa aqui preencher os meus pressupostos do Excel:

 - Descontos para a Segurança Social: vão passar de 11% para 5%

 - Retenção na fonte do IRS: vai descer para 6%

 - O combustível vai baixar para os 0,80€, devido à redução do imposto

 - O salário vai aumentar 10%

 - O sr. Belmiro vai-me fazer um desconto de 50% sobre todas as compras (e não preciso usar o cartão Universo)

 - O meu banco vai reduzir o spread do meu crédito à habitação

 - Vai-me sair o Totoloto

DOIS PEIXES NO AQUÁRIO

No apartamento, decorado em estilo minimalista, de bom gosto visto no IKEA, Madalena tinha tudo arrumado, exceto o quarto dos miúdos, porque esse não o conseguia manter em ordem. Na sala, apenas um sofá grande, uma chaise longue, um tapete com riscos abstratos, um móvel comprido de televisão, a respetiva televisão em cima, uma janela com cortinados, também eles de desenhos abstratos a lembrar que aquela casa era decorada com bom gosto.

DOS NOVOS PARADIGMAS DO CONSUMIDOR

Nas últimas semanas, salvo algumas poucas exceções a minha coluna de opinião teve um pendor opinativo sobre a política doméstica ou internacional, no entanto para esta semana queria fugir a esse registo, centrando-me em áreas mais “técnicas”, e por isso pensei começar analisando o novo paradigma do consumidor.

PULAR A PRÓPRIA SOMBRA

A última década confirmou, se dúvida houvesse, que somos governados em modelo de lotaria: enquanto um punhado deles ganham, milhões perdem.

Para ilustrar esta ideia, aludo às dezenas de mil milhões de euros que têm sido injetados na banca, à custa dos milhões de contribuintes que perdem pagando por tamanha desfaçatez.

E, por mais que me expliquem não consigo entender os porquês e os para quês, se o deficit continua a aumentar e a “coisa” teima em não melhorar.

POR QUE É 2016 UM ANO BISSEXTO?

Desde as mais antigas civilizações, a necessidade de regulação da actividade humana impulsionou a medição e ordenação do tempo.

O NOSSO ESTADO

Andamos tão centrados em nós, nos nossos objectivos e nos nossos problemas que nos esquecemos de olhar para o lado e questionarmo-nos sobre o que se anda a passar.

Estamos numa sociedade cada vez mais exigente, todos temos que ser e parecer os melhores. Os melhores estudantes, os melhores profissionais, os melhores pais...

A ILUSÃO DO DIREITO À EDUCAÇÃO

Que fazemos nós, humanos emaranhados na sua própria humanidade ou na falta dela, aqui neste globo do qual pouco compreendemos e o qual descuramos como se nós mesmos dele não dependêssemos irremediavelmente? Que soberania, inteligência soberba detemos para que dividi-lo, dividirmo-nos, nomear-nos, doar rótulos e adjectivos contraproducentes, na sua maioria, seja legítimo e absolutamente verdadeiro? – Qual de nós, ser superior, digníssima criatura consegue realmente fincar o pé no chão e não duvidar da sua verdade (ainda que não o exponha)?

A TASCA

O Manuel entrou na tasca da aldeia num dia de chuva e de vento. Estas alturas do ano eram cheias de vento, frio e água que caía dos céus como se alguém a estivesse a despejar a partir de um daqueles baldes chuveiro que Manuel usava naquela divisão da casa, que era como se fosse uma casa de banho. A sua mulher, Antónia, aquecia a água à lareira e, nesse balde, dentro do alguidar, Manuel tomava banho aí de oito em oito dias, porque o processo era moroso e complicado.

OS PERIGOS DE UMA GOVERNAÇÃO ARRISCADA

O anterior Governo PSD / CDS-PP, liderado pelo Dr. Pedro Passos Coelho, teve que lidar com as maiores dificuldades que se podem exigir a um governante. Encontrou um País em plena bancarrota, sem condições para pagar os vencimentos dos funcionários públicos e dos pensionistas. Encontrou um País em plena degenerescência económica e social. Tornava-se fundamental recuperar a credibilidade externa, mas também recuperar o País do estado catastrófico a que foi deixado e libertar Portugal das amarras da Troika.

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