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Opinião

O GANGUE DO ARGANEL (OU O FLAGELO DO PRECONCEITO)

Admiro aquele género de pessoas que consegue compreender que uma ofensa só é ofensa quando os próprios permitem que o seja. Admiro, sinceramente, as pessoas que vão vivendo a vida com uma atitude relaxada e segura relativamente não aos bens que detêm, mas principalmente á personalidade que vão compondo e ajustando por si e para si, sem necessitar daquele circo social já tão habitual que passa por, numa atitude tanto de desespero quanto de comodismo, inflacionar a opinião dos outros acerca de si para de seguida a adoptar enquanto definição do self.

TRAÇADO GEOMÉTRICO

Um homem caminhava com o guarda-chuva a evitar que as poucas gotas que começavam a cair o molhassem. Caminhava envergando um sobretudo azul escuro e com o pensamento em coisas urgentes que o levavam ao destino. Debaixo do sobretudo um fato, impecavelmente limpo a seco. Na rua onde caminhava viam-se desenhados em cubos claros e escuros coisas várias que podiam fazer viajar a nossa imaginação.

O ÚLTIMO DOS PRÍNCIPES VERMELHOS

Kim Jong-Un herdou de forma quase dinástica a gestão de um país que considera seu, como já o seu pai o tinha feito por herança do seu avô, e administra o “seu” domínio como um jogo de computador se tratasse.

Sejamos claros (embora custe aos “camaradas” do PCP em admitir), a Coreia do Norte é uma ditadura, mas mais, é uma perigosa ditadura porque detém capacidade bélica ao nível atómico.

2016: UM FUTURO MELHOR

Os tempos que vivemos são pautados por transformações profundas na vida dos seres humanos, nas sociedades, nos valores, na condição do presente e na segurança com que encaramos o futuro.

Nos últimos anos, sobretudo no sul da Europa, temos sofrido recuos na aquisição de direitos e no nível de vida em que nos habituámos a viver, originando situações muito difíceis de sacrifício com imposições e restrições, impostas por forças externas e internas.

QUE 2016 NOS TRAGA MENOS IDIOTAS

À Luz dos nossos dias, a palavra idiota está associada a um significado depreciativo para caracterizar uma pessoa que se mostra incapaz de coordenar ideias, que manifesta estupidez.

Popularmente, um idiota é um indivíduo tolo, imbecil, estúpido, parvo, pateta, ou seja, desprovido de inteligência e de bom senso.

RESOLUÇÕES DE ANO NOVO

Não se assuste! Não é nenhuma resolução de nenhum banco. Já chega com o BPN, BES e BANIF. São resoluções de Ano Novo. Aquelas que nós muitas vezes fazemos e depois não cumprimos. Tenho para mim que os doze desejos que pedimos nas passas, nas badaladas do Ano Novo, não se realizam exatamente porque não cumprimos as resoluções a que nos propomos. Mas este não é o motivo desta crónica.

ANO NOVO, PRESIDENTE NOVO

O Novo Ano arranca em toda a força com o tema das presidenciais e com inúmeros debates diários e simultâneos entre os vários candidatos.

Sendo este um modelo novo, certamente está longe de ser o ideal, uma vez que, quem ainda não tenha decidido o sentido do seu voto, terá de fazer uma enorme ginástica para conseguir acompanhar todos os debates e todos os candidatos.

Depois há candidatos que mesmo querendo dar sinais de uma campanha “comedida” acabam em capas de jornais de página inteira com o destaque que os restantes não tiveram nem, arrisco-me a dizer, terão.

PALIMPSESTOS

Há já algum tempo que pretendo escrever sobre as relações transtextuais porque são, a meu ver, a pedra basilar da Literatura, em virtude de possibilitarem o estabelecimento de relações complexas e intrincadas entre os textos. Apesar de ter sumariamente abordado os hipertextos noutra crónica dedicada à Literatura Popular e de ter referido as relações de intertextualidade ainda noutra em que se falava de chapéus, na verdade, não sabia exatamente como introduzir o tema.

O FEMINISMO NÃO É PARA PRINCESAS

Desde pequena que o fascínio pelos filmes da Disney foi grande mas, devo confessar, como se não me bastasse já ser a “esquisita” do grupo de amigas da escola primária, eu era também a “esquisita” que gostava das guerreiras da Disney contrariamente às princesas.

TEMPO E PARALELOS

Nos meus 35 Anos, 11 Meses e 10 Dias, terei agora 431 meses, 13128 dias, 315084 horas, 18905094 minutos e 1134305671 segundos de vida, à hora que escrevo. Contabilizarmo-nos é sempre um exercício interessante. Ajuda-nos a ter noção de nós próprios, a avaliarmo-nos quantitativamente ao mesmo tempo que enquadramos a nossa vida qualitativamente naquilo que contamos. Outros há que terão muitos mais anos do que eu. Muito mais experiência no caminho percorrido e nas viagens das nossas vidas. Cada dia que passa, cada hora e cada segundo é uma nova aprendizagem.

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