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Opinião

SOLIDARIEDADE SELECTIVA E OUTRAS HIPOCRISIAS

Devo confessar que nunca fui uma pessoa de cerimónias de bem parecer e á medida que o tempo passa essa minha característica vai-se intensificando, desconfio. O que para uns possa parecer rude da minha parte para mim parece-me apenas honestidade e um quanto de escassez de paciência de que, não se engane, todos sofremos mas poucos admitem. Se durante todo o ano já sofro dessa síndrome quando chegam o Natal e a Passagem do ano essa síndrome aumenta de forma a tornar-se insuportável para uma convivência se não harmoniosa, pelo menos calma entre mim e os restantes seres humanos.

NASCIMENTO |

"O dia pertencia ao último mês do ano, esse mês em que começa o Inverno e se sucedem geadas e frio, em que as lareiras aquecem as casas e as chaminés emanam fumo e enchem os céus, confundindo-se com as nuvens. Parece que poderia ter sido hoje, neste mesmo dia em que se conta este pedaço de história, mas não… aconteceu há muito tempo, tanto tempo quanto as palavras que contam histórias.

A FANTÁSTICA FORMA COMO OS ESTUDOS ESTATÍSTICOS ENVIESADOS ME FAZEM RIR

Na semana passada, a minha (pequena) crónica foi sobre a festa organizada na minha Escola, que conseguiu angariar mais de 100 kg de alimentos e praticamente 700 euros, que permitiram aconchegar o Natal a algumas pessoas (e também animais). Mas, quando comparado com os milhares que o negócio do Natal faz circular, como diria o outro, isto são apenas “peaners” (seja lá o que isso for ou como se escreve).

UM BREVE CONTO DE NATAL

Era uma vez um Natal igual a tantos outros. E como noutros, não muito distantes, sempre se insistia em abrir corações, em unir a famílias, em relembrar os nossos valores imbuídos pelo espírito natalício.

A QUEDA DE UM BANCO

Nos últimos anos, temos vindo a assistir, as sucessivas quedas de bancos e banqueiros… os mesmos bancos e banqueiros, que não faz muito tempo, eram dados como exemplo de gestão criteriosa.

Não nos devemos esquecer que o negócio da banca é, por definição, um negocio fiduciário, de confiança… e parece que a confiança tem sido vilipendiada todos os dias, pelas administrações dos bancos, sem accountability (consequência) para aqueles a quem se confia a gestão e guarda do nosso dinheiro.

DO 8 AO 80 AO 8

2015 foi um ano de extremos negativos! Começamos em baixas com o atentado ao Charlie Hebdo em Paris. Incredulidade, espanto, revolta, indignação… Je suis Charlie Hedbo! O mundo solidarizou-se neste mote. A liberdade de expressão foi posta em causa, consciencializando-nos sob o quão frágil podemos ser!

Mais uma vez Cristiano Ronaldo foi o melhor jogador do mundo!

O avião da Germanwings despenha-se por vontade própria do piloto, sem deixar sobreviventes!

Estado Islâmico, Estado Islâmico, Estado Islâmico, Estado Islâmico, Estado Islâmico…

A HISTÓRIA REPETE-SE

Na altura em que esta crónica se encontra a ser escrita, ainda estamos a poucas horas de saber os resultados eleitorais em Espanha.

As primeiras sondagens apontam para um impasse semelhante ao que sucedeu em Portugal. Isto é, nenhum dos principais partidos reúne condições para governar com maioria absoluta.

Não querendo antecipar desde já cenários de coligações entre esquerda/direita ou esquerda/esquerda, creio que há uma análise que deverá ser feita e que, também em Portugal, não o foi.

PEQUENA CRÓNICA DE NATAL

Nesta quadra natalícia, pensei que dedicar um dos meus devaneios quinzenais à Bíblia, livro por excelência, cujas tramas narrativas constituem a base de tudo o que se tem vindo a escrever até agora, seria adequado. No entanto, o nascimento de um menino, em si, não tem nada de realmente inovador. Na verdade, o que despertou a minha atenção, aquando da leitura atenta dos acontecimentos que antecederam e sucederam o nascimento de Jesus Cristo, foi a importância do espaço onírico.

ANIMAIS VERSUS BESTAS

Arriscando-me hoje, e mais uma vez, a ser vexada e vaiada sem fundamento lógico ou argumento comprovativo venho falar-lhe daquele tema actual que muitos mistificam de lobby, extremismo ou hierarquização errónea de importância social (faltando-lhes os dados que o comprovam como sendo mais que frustração humana): os direitos dos animais e como estes são desrespeitados na prática violenta que é a tourada.

PARTIDAS

Nos aeroportos, nas estações de comboios, na nossa vida, em todos os lugares que conhecemos, entramos, há sempre duas portas. Podem ser a mesma, mas são diferentes no momento em que as transpomos. Neste dia em que escrevo, vejo duas. Uma diz partidas e a outra mostra chegadas. Parto de um sítio e chegarei a outro lugar. Para mim, como para qualquer um de nós, não será sempre aquele que planeei nos meus desejos, nas minhas vontades. Será aquele onde tenho de ir, aquele onde devo ir. O lugar. Neste momento, o meu lugar.

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