O Novo Ano arranca em toda a força com o tema das presidenciais e com inúmeros debates diários e simultâneos entre os vários candidatos.
Sendo este um modelo novo, certamente está longe de ser o ideal, uma vez que, quem ainda não tenha decidido o sentido do seu voto, terá de fazer uma enorme ginástica para conseguir acompanhar todos os debates e todos os candidatos.
Depois há candidatos que mesmo querendo dar sinais de uma campanha “comedida” acabam em capas de jornais de página inteira com o destaque que os restantes não tiveram nem, arrisco-me a dizer, terão.
Há quem fale de certos clubes levados ao colo, no panorama da campanha presidencial, podemos assistir ao mesmo.
Basta ver o tempo de antena que Marcelo teve ao longo de quase 10 anos e na entrevista que deu na TVI, comparativamente com os restantes candidatos.
Basta estar um pouco atento aos debates moderados por José Rodrigues dos Santos para ver a cara de mesquinhez para os candidatos de esquerda, não perdendo uma oportunidade para rebaixar, ou pelo menos tentar rebaixar os mesmos perante o candidato “independente”.
Marcelo pode até ter um orçamento mais reduzido, mas tudo o que investiu ao longo de quase dez anos enquanto candidato a candidato, estende-lhe agora o tapete para umas eleições que muitos querem pouco disputada em que, mais uma vez, o número de candidatos pode prejudicar a hipótese de existir uma segunda volta.
Continuando este tipo de tratamento discriminatório por parte dos órgãos de comunicação social, deverá ser feita uma denúncia junto das entidades competentes, nomeadamente a Comissão Nacional de Eleições e a Entidade Reguladora da Comunicação por forma a que todos os candidatos sejam, efectivamente, tratados de forma igual em todos os canais.
Marcelo poderá até ganhar, mas que o faça com as mesmas armas que os restantes.
Imagem de capa daqui.