30 Janeiro 2016      11:36

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OS PERIGOS DE UMA GOVERNAÇÃO ARRISCADA

O anterior Governo PSD / CDS-PP, liderado pelo Dr. Pedro Passos Coelho, teve que lidar com as maiores dificuldades que se podem exigir a um governante. Encontrou um País em plena bancarrota, sem condições para pagar os vencimentos dos funcionários públicos e dos pensionistas. Encontrou um País em plena degenerescência económica e social. Tornava-se fundamental recuperar a credibilidade externa, mas também recuperar o País do estado catastrófico a que foi deixado e libertar Portugal das amarras da Troika.

Foram tomadas muitas medidas, realizadas muitas reformas e muitas delas claramente impopulares. Não há nenhum governante que tenha o prazer em tomar medidas difíceis e restritivas aos seus concidadãos. Pedro Passos Coelho e o seu Governo não tiveram alternativa.

Mas conseguiram! Cumpriram a principal promessa que se pode exigir a qualquer governante: Salvar Portugal!

Apesar do contexto extremamente difícil. Apesar das restrições a que fomos sujeitos. Apesar da impopularidade a que isso obriga. A coligação do Centro e da Direita liderada pelo Dr. Pedro Passos Coelho propôs-se ir a eleições e ganhou-as com toda a clareza. Sobre isso penso que estamos conversados!

Ainda assim, foi desenvolvida uma coligação que juntou todos os derrotados (PS, BE e CDU) para derrubar o Governo que ganhou as eleições. É nesse contexto que surge um estranho Governo liderado pelo PS, com o apoio da extrema esquerda portuguesa. Um Governo com apoio contranatura.

Seguiu-se um período extremamente negativo para Portugal. Muitas das reformas que foram realizadas nos últimos anos foram sistematicamente abandonadas. Muitas das medidas relacionadas com rendimentos, que estavam previstas serem recuperadas gradualmente, foram de imediato concedidas. Foram concretizadas sem que se demonstrasse quais as implicações refletidas nas contas públicas. Foram tomadas “a olho”, mesmo que isso implique grandes riscos para Portugal.

Quando se perguntava ao Sr. Ministro das Finanças, Mário Centeno, qual o efeito (entenda-se custos) da passagem das 40 horas para 35 horas semanais dos funcionários públicos, respondeu simplesmente que não sabia.

Chama-se a isto “navegação à vista”, sem que se saiba a que porto vamos chegar. Provavelmente, mais uma vez, ao desastre absoluto.

Aliás, estranhamente ao longo de vários meses perguntámos ao PS quais as suas contas para o País, mas nunca responderam. Os portuguesas desconhecem-nas totalmente.

Lembram-se quando o PS falava, aquando da preparação do seu Programa eleitoral, de um programa estratégico com as contas todas feitas (o famoso Excel)? Lembram-se quando no debate do Dr. António Costa com o Dr. Pedro Passos Coelho, o líder do PS repetia sistematicamente que tinha as contas feitas? Lembram-se no vai e vem das negociações do PS com BE e CDU, informando que teriam que ver se poderiam suportar as “novas” medidas no seu orçamento?

A resposta é clara: anunciaram muito, mas nunca mostraram as contas.

Porquê? Porque já sabíamos que era mais uma mera fantasia apresentada pelo Partido Socialista.

Passaram quase 4 meses que foram realizadas as eleições e continuamos sem conhecer as contas do Governo PS. Evidentemente que esta questão agrava a desconfiança em relação a este Governo.

Agora que foi anunciado o Esboço do Orçamento de Estado de 2016 os dados apresentados parecem-nos muito estranhos. A minha desconfiança é gigantesca. Peca pela apresentação de um défice ainda demasiado alto e por um crescimento do PIB claramente irrealista. Já sabemos a estratégia que vai ser adotada: empurrar as contas com “a barriga para a frente”. 11 milhões de pagamento ao FMI adiada de 2016 para 2019; a outra forma é o que se chama de forma mais tradicional de “martelar” as contas.

Esperemos que não tenham o tempo suficiente para destruir totalmente o País.

 

 

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