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Opinião

SOMOS TODOS POLÍCIAS! – Parte II

A semana passada a crónica Economicamente Falando abordou a problemática de se ser polícia fiscal. Continuamos na saga dessa excelente profissão esta semana!

No dia em que nasce a ideia para escrever esta crónica, acabo de ler uma notícia de um jornal a dizer, e cito, “Justiça protege os devedores de IVA”. A minha primeira reação é de indignação, até porque acho que a justiça não deve pactuar com devedores. Se calhar é mesmo preciso polícia fiscal… Ou então…

CRIANÇAS E JOVENS: OS FIADORES DA DÍVIDA PÚBLICA

Atualmente, o Estado Português deve aos credores um valor superior a 200 mil milhões de euros. Quem vai pagar esta dívida? Aqueles que ainda estão por nascer, as crianças e os jovens. É sobre eles que recai, verdadeiramente, a garantia de pagamento. A dívida pública é um fardo que estão a colocar às costas dos nossos filhos, netos e bisnetos...

Mas, como se isso não bastasse, são as crianças e jovens os que mais sofrem e que mais são afetados pelo risco de pobreza. Foram pelo menos 500 mil as crianças e jovens que perderam o direito ao abono de família entre 2009 e 2012 e muitas outras viram o seu valor ser reduzido. Consequência das medidas de austeridade, que também arrastou mais 35 mil crianças para uma situação de carência alimentar.

VAI UM TINTO?

Numa das habituais leituras diagonais de artigos noticiosos, encontrei um título sobre vinhos que me interessou. Apregoava que era preferível vender caro do que vender muito.

Sendo eu um grande entusiasta e apaixonado por vinhos foi o suficiente para me inspirar a escrever esta crónica.

Tenho tido a sorte de acompanhar nos últimos anos este setor a nível profissional, contactando em grande proximidade com produtores e empresas da nossa região. Literalmente, a oportunidade perfeita para aliar trabalho e lazer!

PROPOSTAS PS

Estamos perante um programa que se estende por cerca de noventa páginas o que nos vai implicar um pouco mais de espírito sintético que na crónica anterior.

ROSTOS

As fotografias captam os rostos das pessoas e escondem-nos em livros onde todas as histórias são contadas. Conheço o mundo, os rostos deste mundo, os de todas as raças pelo olhar filtrado pelos rostos do Alentejo. Os livros, os computadores e todo o conhecimento dizem-me que o mundo é redondo e a estatística que nós somos sete mil milhões de rostos neste mundo, que caminhamos cada dia com o olhar de ontem e o de amanhã. Mas, cada um é diferente de todos os outros. Seja em que parte do mundo for, as fotografias dos rostos das pessoas são a memória do seu olhar, da idade gravada no rosto, as rugas que são regatos feitos pelas lágrimas, os cabelos são não mais do que o anoitecer de cada dia em tons grisalhos como se um nevoeiro se apoderasse do tempo e da idade. O lugar onde o rosto é fotografado faz parte de cada um de nós. O meu rosto é a fotografia do Alentejo, o Baixo, esse onde as espigas se refletem no rosto queimado do Sol.

A (IN)SUSTENTABILIDADE DA SEGURANÇA SOCIAL

Fez sensivelmente um ano em que eu assistia num Congresso sobre Ensino Superior no Interior a uma apresentação da Sra. Reitora da Universidade de Évora, Prof. Doutora Ana Costa Freitas. Recordo-me que a Mesma salientou como bom exemplo uma reforma educacional num País Nórdico em que depois de se ouvirem todas as partes envolvidas e interessadas, a reforma foi aprovada com a condição de que essa mesma legislação só pudesse ser novamente aberta a discussão 10 anos depois, independentemente do Partido que estivesse no Poder durante esse período.

SOMOS TODOS POLÍCIAS!

No início de 2015, após os tristes acontecimentos na redação do jornal satírico francês Charlie Hebdo, as redes sociais foram invadidas pelo slogan “Somos todos Charlie!” numa manifestação contra os atentados em si e ao facto de serem uma afronta à liberdade de expressão. Tal como outros países, em Portugal também a adesão a este movimento foi grande. Pelo menos até ao momento em que o Rui Patrício assou um frango em Belém, a Sagres filmou esse cozinhado e deu-o a conhecer ao mundo e o pessoal só não mandou fechar a empresa porque em Portugal a cerveja, se é Sagres, é Sagrada! Nessa semana acabaram-se os problemas dos atentados à liberdade de expressão por cá.

Antes que eu próprio seja banido por estar a escrever sobre futebol (ainda para mais numa altura em que o mundo futebolístico nacional está em ebulição por causa dos treinadores), passemos ao tema desta crónica: Somos todos polícias!

POBREZA DIVERSIFICADA!?!

Pobreza de espírito há muita. Mas o que me impressiona é a pobreza, pobreza mesmo visível aos olhos. Recentemente em Roma a cada esquina encontrei uma pobreza, reflexo da crise, da crise de valores, da crise financeira, do egoísmo e da pobreza de espírito. Uma cidade magnificente coberta de tanta gente a pedir nas ruas, tanta gente a comer restos do chão, gente transtornada, com acções incompreensíveis, que esta situação chega a ser sufocante. No entanto vagueando pelas ruas da cidade esta situação parece, para a maioria, uma situação normal e corriqueira.

O PROGRAMA DA COLIGAÇÃO

Começamos esta análise programática pelas Linhas de Orientação Geral para a Elaboração do Programa da Coligação PSD/CDS-PP (disponível em http://static.publico.pt/DOCS/Politica/linhascoliga%C3%A7ao.pdf).

A apresentação destas linhas avança com três desafios: A questão demográfica; A qualificação das pessoas e a competitividade das empresas e da economia.

(DE)GRADAÇÃO EM TONS DE CINZA

No verão passado, em Brasília, numa daquelas maravilhosas tardes de dolce fare niente, a minha gêmea resolveu passar para o meu leitor uma série de e-books de que dispunha, sendo um deles “As Cinquenta Sombras de Grey”. Confesso que já tinha ouvido falar do livro como sendo o último must have das donas de casa que procuravam apimentar a sua vida sexual. E logo aí, associei-o, na minha mente perversa, a práticas sadomasoquistas dignas de envergonhar Rasputin.

E foi assim, apesar de não ter sentido particular interesse no livro, numa noite de tédio, que comecei a leitura, cedendo ao ímpeto ingénuo de seguir o jovial rebanho.

Li-o em pouco tempo. Não posso dizer que não se leia bem, mas… Por onde começar?

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