9 Janeiro 2022      13:09

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“Causa Própria” - a marca alentejana na série do momento

“Causa Própria” é a produção nacional que promete rivalizar com produções estrangeiras do género.

Aposta da RTP, a série estreou a 5 de janeiro e logo colocou em alvoroço as redes sociais. Num misto de ficção e realidade, e com realização de João Nuno Pinto, a série de sete episódios foi produzida pela Arquipélago Filmes para a RTP e conta Margarida Vila-Nova e Nuno Lopes nos papéis principais e com um elenco composto por Ivo Canelas, Maria Rueff, Catarina Wallenstein, Adriano Carvalho e António Fonseca, entre um leque de jovens talentos como Afonso Laginha e Sílvia Chiola.

Como argumentista e co-autor desta série está o alentejano Rui Cardoso Martins.

Natural de Portalegre, Rui Cardoso Martins é escritor, cronista e argumentista e conta com várias obras editadas (E Se Eu Gostasse Muito de Morrer (2006), Deixem Passar o Homem Invisível (2009, Grande Prémio de Romance e Novela APE), Se Fosse Fácil Era Para os Outros (2012) e O Osso da Borboleta (2014), e das coletâneas de crónicas Levante-se o Réu (2015) e Levante-se o Réu Outra Vez (2016, Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários APE).

Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, foi repórter do Público na sua fundação, recebeu dois prémios Gazeta e é cronista no Jornal de Notícias e na Antena 1. Foi o autor do argumento original do filme A Herdade (2019, coautoria); da série policial da RTP Sul (2019, coargumentista); e dos históricos programas de humor Contra-Informação, Herman Enciclopédia e Conversa da Treta.

Em entrevista ao NIT, Rui Cardoso Martins recordou o dia em que a sua professora foi assassinada, acontecimento chocante na pequena cidade de Portalegre. Mais do que a arma do crime ou quem foi o causador desse “afloramento do mal”, o escritor e cronista lembra-se do assombro e das questões que vizinhos e locais colocavam. Da forma como o crime lhes mexeu com a vida.

Esta memória esteve na base do desenvolvimento do argumento desta nova série nacional. O autor alentejano tentou trazer para as suas memórias do acontcimento para esta série que o autor classifica como um “drama” e que se desenrola em torno de um crime, de um homicídio de um jovem e vai colocar a Ana, a juíza interpretada por Margarida Vila-Nova, perante um dilema ético, profissional e familiar.

 

Imagem de agendalx .pt