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Sociedade

Cintura de vespa

Émilie Marie Bouchaud, mais conhecida por Polaire, num outro mundo que não é o nosso, era atriz e de muito sucesso. Viveu há muitos anos numa cidade francesa e tinha uma particularidade que fazia dela não só uma atriz muito famosa, mas também uma figura única. Polaire era uma vespa. Tinha, por isso mesmo, uma delicada e definida cintura de vespa.

Isto é uma América?

Desde pequeno que aprendi a admirar os Estados Unidos.

A doutrina emanada de Hollywood terá sido uma grande culpada. Quando era pequeno, tal como a maioria das crianças à época, preferia os cowboys aos índios, preferia os americanos aos russos, aos chineses, a quaisquer outros alegadamente “bad guys”. Os EUA chegaram à lua, dominavam o espaço e quem não quis viver como em “Beverly Hills 90210”?

O sapo encantado

Num reino muito distante, onde as árvores não falavam, onde os habitantes vestiam roupas de encantar, onde todos falavam a cantar, havia um habitante especial. Tão especial que merece uma fábula nossa. Chamava-se Teodoro e era um sapo. Vivia, num mundo em que os sapos eram simples plebeus e gente de baixa e má rês. Teodoro tinha um sentido de justiça muito especial. Fugia do padrão do resto dos sapos e das rãs, mas mesmo assim conseguia entrar nos nervos de algumas espécies com capacidades mágicas.

Orçamento do Estado 2021 e os divórcios anunciados

Recentemente foi aprovado na generalidade o Orçamento do Estado (OE) para 2021. Na prática, todos sabíamos que, de uma forma ou de outra, este OE teria a sua aprovação garantida. Com Bloco de Esquerda (BE) ou com Partido Comunista Português (PCP), o OE 2021 seria aprovado. É pelo menos a minha convicção.

Note-se que, no contexto atual, apesar de não concordar com este Orçamento de Estado, é bem melhor ser aprovado do que ser chumbado.

Posto isto, a novidade no meio disto tudo foi o divorcio do BE com a famigerada geringonça que nos governou durante os últimos 5 anos.

Única

Esta semana fala-se de um ser único. Era tão singular que só tinha uma célula. Era unicelular e, por isso mesmo, muito pouco interessante. Muito pouco não. Nada interessante. Chamava-se Ameba e não se passava nada com ela. Não pensava, não andava, não cantava. Falar, também não falava. Que eu saiba, nunca fez um telefonema aos amigos, nem menos se dignou a mandar prendas a nenhum deles. Também não tinha braços ou pernas para o fazer. Gostava que a ameba, esse ser único pudesse ter muito mais para contar e poder dar-vos maravilhas sobre a sua existência.

75 anos de Nações Unidas

Com a frase “Nós, os povos das Nações Unidas”, há 75 anos, o mundo modificava-se para sempre. A 25 de abril de 1945, representantes de 50 países, reunidos em São Francisco, nos Estados Unidos, realizaram uma conferência que mudaria aquilo que era o mundo até então.

Indenidade

Não te consigo ver.

Está tudo tão cinzento.

Mexe-te, por favor. Esforça-te por mim.

A nuvem insiste estar permanentemente desenhada à minha frente com um olhar incerto que nem o teu sorriso a consegue iluminar.

Não te afastes de mim; eu sei que me consegues ver, eu consigo sentir-te do outro lado.

A moça que se ria e ria e ria...

Que melhor forma de começar o fim-de-semana se não com uma fábula sobre uma moça que se ria e ria e ria? Muitas histórias são trágicas, mostram aspetos da vida dos animais e das pessoas que nos fazem pensar.

Esta não, esta é uma história sobre uma moça simples cuja principal característica era a sua capacidade de se rir desde que nascera.

Na localidade onde nasceu e residiu toda a sua vida, não tinha nada. Nem televisão, nem internet... os seus dias eram o mais entediante e tedioso possíveis. Nada na sua vida pasmaceira era digno de registo.

Fascismo, comunismo, fanatismo e outros ismos

Vivemos hoje num maniqueísmo permanente e em que as redes sociais são terreno de batalha fértil; nelas, qualquer um se julga no direito de ofender, trocam-se conceitos e confunde-se opinar com ofender, destratar com argumentar.

Enche-se a boca para com a facilidade de carregar nas teclas chamar “fascista” ou “comunista” a quem não pensa como um “eu” que muitas vezes nem lê tudo, que muitas vezes nem lê nada, que muitas vezes não passa de um perfil falso.

Malagueta

Numa terra muito distante, onde era de noite quando aqui é de dia, havia uma ilha, perto de outra ilha ainda maior. Lá, onde a água roda ao contrário do que cá deste lado, morava um ser execrável.

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