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Opinião

A ameixa

Nascida de uma pequena semente, caroço de uma saborosa ameixa, plantada por um homem de idade avançada, com esperança que os filhos e os netos dela fizessem uso, a ameixeira passou de semente a rebento. Assim

Foi crescendo e crescendo e crescendo. Todas as estações passar por ela. A pequena ameixeira. Não sei se ela tinha noção que era ameixeira e que cresceria, e cresceria, e um dia daria flores, e das flores nasceriam frutos, que seriam comidos por pássaros ou por humanos e que deles sairiam novas sementes e essas sementes dariam novas ameixeiras.

A bomba atómica mudou tudo exceto a natureza do homem

Na passada sexta, contaram-se 77 anos que caiu a primeira bomba nuclear usada pelo Homem em combate – 5 de agosto de 1945. Estávamos na Segunda Guerra Mundial, os combates vinham acontecendo um pouco por todo o mundo, com destaque para a Europa e a área do Pacífico. A Alemanha de Hitler já tinha capitulado (em maio desse ano), mas o Japão continuava a resistir fortemente.

Ainda julho

Numa noite quente de julho, os meus olhos pretos transmitem pequenos raios de ansiedade. Um passo em frente e caio para trás. Dou balanço e as minhas costas reproduzem um barulho sonoro similar à dor quando embatem no chão.

Um problema do Liber Abaci

Fibonacci, o mais talentoso matemático ocidental da Idade Média e responsável pela introdução do sistema de numeração indo-árabe na Europa, é hoje principalmente reconhecido pela famosa sequência com o seu nome, de que já falámos em Coelhos, girassóis e o Código Da Vinci (AQUI).

O calor e o sentido da vida

O calor destes últimos dias, em pontos transversais do globo tem marcado os nossos noticiários. Principalmente no hemisfério norte, dezenas de canais televisivos somam aberturas de noticiários sobre as elevadas temperaturas, sobre os calores intensos que se fazem sentir, exacerbando a níveis preocupantes os efeitos nefastos das secas que a falta de chuva, aliada a elevadas temperaturas, tem causado.

Televisão a cores

Eram mais de 12 os irmãos que habitavam naquela casa. Todos filhos do mesmo pai e da mesma mãe, tinham intervalos de idades muito semelhantes entre si. As diferenças eram de um ano cada, mais coisa, menos coisa. O mais velho tinha já ido à tropa e trabalhava agora nas minas, junto com o pai e com um dos outros irmãos que não tinha idade ainda para ir à tropa mas tinha já bom corpo para trabalhar.

O peixe da ribeira

Qual é a diferença que existe entre nós? Como podemos marcar a diferença entre o que é igual? Qual a possibilidade de algo absolutamente idêntico ser diferente? Serão os pequenos pormenores da similitude a acentuar a grandeza da pequena diferença?

A água não passa duas vezes pelo mesmo

lugar. Estou certo que já ouviram antes esta ideia. É possível que discordemos pois com os aquários e aquelas inovações que criam fontes e riachos fictícios, as realidades e as verdades absolutas neste âmbito tendem a adaptar-se.

Mandelas precisam-se

Goste-se ou não da figura de Mandela, a sua história não passará indiferente a ninguém. Hoje, 18 de julho, seria o dia de aniversário desta grande figura do séc. XX. É o Dia Internacional Nelson Mandela e o Tribuna Alentejo, volta a não ser indiferente a este dia, conscientes de que são cada vez mais necessários Mandelas que lutem por ideias comuns à humanidade e não pelas camisolas e bandeiras que enfatizam e marcam as diferenças.

Mais estado, mais autarquias

por Alexandre Carvalho

O debate sobre uma maior ou menor participação do Estado na vida dos cidadãos e empresas, é um tema repleto de chavões e bravatas ideológicas. Na verdade, a grande divisão histórica entre “direita e esquerda” deve-se aos limites ou não da intervenção estatal. A esquerda defende um estado mais interventivo e participativo, respondendo com um estado social para a defesa dos mais necessitados, a direita acredita que o mercado deve regular as relações económicas e que o estado apenas deve intervir no essencial.

Não se pode endeusar a morte de um ditador

Recentemente tivemos a notícia da morte de José Eduardo dos Santos, ex-Presidente de Angola. O antigo governante tinha 79 anos e encontrava-se internado há algum tempo numa clínica em Barcelona.

Como é evidente, quando alguém morre, mesmo sendo um antigo ditador, devemos lamentar o sucedido. E é esse o meu sentimento, lamento a morte de José Eduardo dos Santos e que a sua alma tenha descanso.

Mas não consigo entrar naquela onda de endeusar os falecidos, tornando-os personagens muito melhores do que aquilo que foram.

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