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Opinião

Professores, Independência e República

Na data de hoje celebram-se 3 marcos de suma importância: o Dia Mundial do Professor, a assinatura do Tratado de Zamora e que deu, formalmente a independência a Portugal e o Dia da Implantação da República Portuguesa.

O Dia Mundial do Professor celebra-se anualmente no dia 5 de outubro. Ser professor ou professora é, segundo os conceitos de Edgar Morin, “uma profissão complexa” onde a “incerteza, a ambiguidade das funções são o seu melhor traço definidor”, de tal modo que Freud ter-se-á referido à profisão como sendo impossível.

Regresso (pouco) Socialista

A vida política foi a banhos com a esperança de um bom pacote de medidas do governo Socialista para o combate à inflação de nível mundial resultante da guerra na Ucrânia.Pelo meio, tivemos a festa do Avante, novamente alvo de ataques pavlovianos pela opinião pública e publicada, chegando até às ameaças aos artistas, por causa da posição equidistante de crítica do partido face a Putin e Zelensky (mal ao bem não é o tema).

A Semana Cultural de Alcáçovas

“A cultura é o modo avançado de se estar no Mundo, ou seja a capacidade de se dialogar com ele. “

Virgílio Ferreira

 

Discorridas duas semanas sobre o término da 24ª edição da Semana Cultural de Alcáçovas, dois anos após uma sentida ausência, parece oportuno encetar uma ponderação sobre a mesma e sobre as eventuais virtudes deste tipo de iniciativas numa freguesia de baixa densidade populacional.

Mais comboios de passageiros no litoral do país

O primeiro-ministro anunciou na última quarta-feira, no Porto, que o Governo vai apresentar o traçado e desenvolvimento da linha ferroviária de alta velocidade Lisboa, Porto e Vigo, representando o primeiro passo para a inserção na rede ibérica.

Segundo o Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que a Linha de Alta Velocidade entre o Porto e Lisboa «é um projeto que une o País» e que reforça a «nossa fachada atlântica», melhorando «a nossa projeção no mundo».

A profecia das três bolotas

No ano longínquo de 2198, após anos e anos de guerras nucleares e devastações naturais, cansadas por tudo o que é menos natural e menos humano. Foram anos seguidos de devastação. Portugal tinha deixado de existir e de ser conhecido como tal. Nas grandes cidades restavam escombros e cinza. Não crescia nada nelas. Além do castanho e do cinzento, nada mais havia.

Ninguém se lembrava das cores do mundo, das cores da natureza. Ninguém existia para se lembrar das cores, ou na vida em si.

Ela

Alguém que a acorde. Alguém que a traga de volta. Alguém. Só (é) preciso alguém.

Sem vida, mas intacta, caracterizada pela energia contagiante, aqui está ela, presente tudo e todos. A luta está constantemente presente no seu quotidiano. Hoje, a luta entre pedir auxílio ou se deixar levar pelas rajadas fortes de ventos que faz tremer corpos. A sua cabeça atinge o auge de força e, de tão pesada que se encontra, cai já como se fizesse parte do plano.

O copo meio cheio

Estanislau era um tipo muito calmo. Excessivamente comedido por vezes, diziam aqueles que o conheciam. Eu próprio não o conhecia. Tinha ouvido falar dele há uns tempos, através de conhecidos, mas nunca tinha tido um contacto próximo com a pessoa em causa.

Em dias pares, diziam as más-línguas, Estanislau tinha mau feitio. Nesses dias, não havia vivalma na aldeia que chegasse perto de si e lhe transmitisse os anseios, as ideias, as coisas que não se podiam dizer na praça do município.

O corpo caloso: a fonte de comunicação

O cérebro possui dois hemisférios (direito e esquerdo) que podem comunicar entre si através do corpo caloso. O corpo caloso é constituído por fibras, classificadas em diferentes tipos de radiações, que permitem a comunicação entre os lóbulos do córtex cerebral, onde assentam várias funções cerebrais (Shah et al., 2021; Fitsiori et al., 2011).

Azulejos

Enchi a sacola com pedras que fui apanhando no meu percurso e pedaços de argila junto a um ribeiro que enchi com as minhas lágrimas derramadas, tantas vezes por coisas sem importância ou sentido. Não eram tantas lágrimas que pudessem encher esse ribeiro, mas na sua mistura com as lágrimas de outros que por lá passaram e outros ainda que passarão, as lágrimas transformaram o Ribeirão num mar, devido ao sal nelas contido.

A argila misturou-se com as pedras que já se encontravam no saco que, aos ombros, carregava com dor.

Esta estória da competitividade está-nos sempre a tramar!

Somos sistematicamente bombardeados que os nossos territórios do interior e de baixa densidade populacional, não são competitivos face aos territórios altamente povoados do litoral. Que não vale a pena apostar e investir significativamente no interior.

É também comumente ´´aceite´´ que as pessoas vão para onde há economia e a emigração dirige-se para os centros urbanos do litoral. Essa é uma tendência bem velhinha, que ninguém consegue (ou quer) contrariar.

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