9 Abril 2020      10:12

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Porto de Sines acompanha quebra histórica mundial no "shipping"

As companhias marítimas de transporte de contentores estão a deparar-se com uma enorme vaga de cancelamento de serviços, no seguimento da pandemia COVID-19. A Alphaliner estima que nas próximas semanas a frota inactiva atinja mais de 3 milhões de TEU, avança hoje a Revista Cargo.

No início de Março, quando os mercados mundiais começavam a encerrar para conter a propagação do Covid-19, a frota inactiva já se cifrava nos 2,46 milhões de TEU, um valor que não tem parado de crescer com as restrições impostas a um nível cada vez mais global e que pode já ser considerada a maior crise que o sector alguma vez enfrentou.

O cancelamento de viagens à larga escala pode levar a uma frota inactiva de porta-contentores superior aos 3 milhões de TEU nas próximas semanas, naquela que é a pior crise de capacidade que a indústria do shipping de contentores alguma vez viu", diz o relatório da Alphaliner, que considera que "nenhum segmento de mercado será poupado, com os cortes de capacidade anunciados em quase todas as rotas chave".

O Porto de Sines liderava os portos nacionais um mês antes de rebentar a crise com a pandemia, com uma quota de 52,2%, inferior em -6,3 pontos percentuais ao anterior máximo, registado em 2018.

Em termos de movimentação global, o Porto de Sines mantinha também a liderança, detendo uma quota de 48,1%, inferior em 3,6 pontos percentuais  ao que detinha no final de 2018.