Este fim-de-semana o Mundo acordou com a notícia do ataque coordenado dos EUA, do Reino Unido e de França na Síria, sendo este ataque apresentado como resposta ao ataque com armas químicas que foi ordenado por Bashar Al Asad e vitimou centenas de inocentes.
Muitas vozes já vieram afirmar e com alguma razão, que por detrás deste ataque está uma tentativa de fazer frente à Rússia na questão do Médio Oriente.
Em tempos falei nestas crónicas do perigo que seria ter Donald Trump a coordenar operações militares.
Este é um deles, agravado neste caso com a conivência e participação de Reino Unido e França países que esperam ansiosamente por poder voltar a ter a força e o poder que antigamente tinham.
O Reino Unido fundamenta a intervenção com a importância de não deixar impune quem recorre a armas químicas, seja na Síria, seja nas ruas do Reino Unido, numa clara alusão ao envenenamento de um ex-espião e da sua filha alegadamente orquestrado pela Rússia.
A França alega que todos os limites que estabeleceu para a Síria foram ultrapassados com o recurso a armas químicas.
A Rússia por ora mantém-se em silêncio, agravando o clima de guerra fria que já se fazia sentir há meses.
Entretanto cidades continuam a ser bombardeadas e, ironicamente, estes mesmos Países continuam a impor limites à entrada de refugiados Sírios, ou seja, defendem o fim de um regime, mas recusam o auxílio a quem foge ou se opõe a esse mesmo regime.
Esta semana ouvi que estamos a assistir a uma terceira guerra mundial por episódios. Parece-me que este foi o primeiro e que o verdadeiro motivo se centra no conflito entre Estados Unidos e Rússia quanto ao Médio Oriente.
A posição da Rússia irá determinar se o próximo episódio da Guerra Mundial arranca ou se, através do diálogo o adia por mais algum tempo.
Tal como disse há tempos, dar o poder militar a pessoas sem medo de o usar, pode vir a alterar a História para um rumo muito diferente ao que conhecemos actualmente.
Espero que esta opinião não se venha a concretizar.
Imagem de capa de alwaght.com
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