Um consórcio que conta com a liderança da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo vai implementar uma estratégia regional com vista ao desenvolvimento do enoturismo, numa candidatura, que já recebeu aprovação, de 21 milhões de euros, com apoios comunitários.
O presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, revelou à agência Lusa que a conclusão deste projeto, já validado por parte do Programa de Valorização Económica dos Recursos Endógenos (PROVERE), deverá acontecer no ano de 2027.
O responsável esclareceu ainda que a estratégia regional para o desenvolvimento do enoturismo combina investimento público e privado, agregando vários parceiros, como as comissões vitivinícolas, a Universidade de Évora, os politécnicos de Portalegre e de Beja e diversos produtores.
“Há 16 milhões de euros de investimento privado”, direcionados para “a melhoria de adegas e construção de novos enoturismos”, havendo ainda investimento proveniente de “projetos públicos, da ERT do Alentejo e Ribatejo e de alguns municípios, daí chamar-se uma estratégia coletiva, que une a vertente pública, privada e até associativa”, avançou.
Segundo José Manuel Santos, nove dos 20 projetos que se prevê que sejam desenvolvidos no âmbito desta estratégia são empresariais.
Destacando que o setor do enoturismo é visto como “estratégico” para a região, o responsável adiantou também que os politécnicos de Beja e de Portalegre vão focar-se no “apoio à formação” de profissionais desta área, designadamente no desenvolvimento de uma ferramenta informática.
“É uma ferramenta para permitir perceber e caracterizar o perfil do enoturista, o parâmetro de despesa. É uma espécie de observatório só para o enoturismo”, informou.
Quanto aos municípios, o presidente da ERT explicou que estes vão “apostar muito” no desenvolvimento de infraestruturas museológicas e em eventos para impulsionar a temática vitivinícola.
Depois de esta estratégia ter recebido já reconhecimento por parte das entidades competentes, a comissão diretiva do Alentejo 2030 vai pedir, com um “aviso/convite”, que a ERT do Alentejo e Ribatejo proceda à elaboração de um plano de ação.
“Nesse plano, vamos detalhar todas as iniciativas, os programas e as ações a promover, calendarizá-las e até quantificá-las de uma forma mais assertiva. Estamos a falar de um projeto que irá até 2027”, salientou o responsável, afirmando acreditar que esta estratégia “vai dar um grande músculo” à comunicação e à promoção do enoturismo do Alentejo e do Ribatejo.
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