13 Outubro 2023      10:15

Está aqui

Cartuxa foi o maior exportador de vinhos para o Brasil

A Adega Cartuxa, em Évora, foi o maior exportador em valor de vinhos europeus para o Brasil em 2022, com esse mercado a valer 20,8% da faturação anual de 23,6 milhões de euros.

Em declarações à agência Lusa, João Teixeira, diretor da Adega Cartuxa, produtora vitivinícola propriedade da Fundação Eugénio de Almeida (FEA), explicou que a empresa tem batido “recordes de faturação” nos últimos cinco anos.

“Desde 2018, a Adega Cartuxa tem tido, consecutivamente, anos recordes de faturação, pela estratégia no mercado nacional, mas também pela estratégia definida para os mercados internacionais e para a exportação”, disse o responsável.

João Teixeira falava durante uma sessão de apresentação de vinhos e um azeite comemorativos dos 60 anos da fundação, que decorreu esta quinta-feira, no Páteo de São Miguel, sede da FEA. Segundo o gestor, a nível interno, a Cartuxa passou a abordar diretamente a distribuição, sem intermediários, e aposta num determinado distribuidor para o canal HORECA.

Nas exportações, o Brasil, França, Estados Unidos da América, Angola e Macau/China são os cinco mercados mais importantes para esta adega alentejana.

No ano passado, a empresa atingiu os 23,6 milhões de euros de faturação, com as vendas brasileiras em destaque, a chegarem quase aos cinco milhões de euros.

O diretor sublinhou que o mercado do Brasil é importante para a Adega Cartuxa, precisando que, “em quase todas as geografias”, o mercado de vinhos “está mais ou menos estável”, mas “o brasileiro cresce a dois dígitos todos os anos”.

“É um dos mercados que mais cresce em consumo no mundo” e, em 2022, a Cartuxa foi “o exportador número um de vinhos europeus para o Brasil”, em valor, o que representou “cerca de 20% do nosso volume de negócios”, congratulou-se.

João Teixeira indicou que, em volume, as vendas para o mercado brasileiro terão atingido “um milhão e meio de garrafas”, mas o que interessa não é o volume, mas sim o preço médio a que cada uma dessas garrafas foi vendida.

“O Brasil é um mercado onde o Cartuxa, o Pêra-Manca, os vinhos de valor acrescentado, têm uma predominância maior. Por isso é que somos o exportador número um em valor”, esclareceu.

Para este ano, o diretor da adega espera que a tendência de crescimento de vendas se mantenha e estima um aumento de faturação na ordem dos 10%. E, para 2024, os objetivos prosseguem otimistas: “Continuamos com uma tendência de crescimento muito sólida, muito consistente e temos tudo preparado para que, em 2024, assim continue”.

 

Fotografia de expresso.pt