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Opinião

FONTES

De repente, esta manhã, no meio de pensamentos vagos, repete-se, na minha cabeça, uma canção que ouço já desde a infância. Fogem-me os pensamentos para o Alentejo, outra vez, e para os tempos em que em cada vale havia uma fonte que guardava as águas vindas das nascentes dos montes. Em que o correr contínuo da água, vinda dos confins da terra, se juntava à restante, cristalina, que já lá estava a repousar. Ao lado, um cocharro feito à medida dos que por lá passavam e saciavam a sede. Faz-me lembrar uma canção, dessas que se ouvem nas tascas, cantadas a despique. Faz-me lembrar o tempo em que, na parte mais fresca do monte, escondidas dos 40 e tal graus do Alentejo no verão, havia uma fonte que me chamava. E foram esses pensamentos e essas imagens que agregaram a canção, em todos os seus versos, uma história que se pode contar.

QUEM DIRIA?

Ao contrário do que tradicionalmente acontece quando se perdem eleições de forma pesada (porque o objectivo do PS era uma vitória com maioria absoluta), em que o líder do partido derrotado se demite de funções e coloca o lugar à disposição, neste quadro eleitoral assistiu-se a uma verdadeira reviravolta no desenrolar dos acontecimentos.

O PRAGMATISMO DO PARADIGMA DEMOCRÁTICO

A arte da política tem como bem tangível o benefício e o bem-estar coletivo. Mas, será que todo aquele que se entrega à política procura o bem comum? Contribui para o bem-estar coletivo? No contexto retórico sim, na realidade não.

A práxis humana diz-nos que o conceito de política está intimamente vinculado com a disputa do poder pela conquista do conjunto de instituições por meio das quais esse poder se exerce.

QUE GRANDE (DES) GOVERNO!!!

Hoje lá na associação “x” houve eleições. Haviam três listas de candidatos. A lista do Toninho, a lista do Pedrinho e a lista da Mariazinha (sim temos que respeitar a lei da paridade). Votos feitos e contabilizados, os resultados foram os seguintes

Pedrinho – 23 votos

Mariazinha – 12 votos

Toninho – 13 votos

Abstenção – 60 associados

DAS MAIORIAS

Podia dizer que os resultados das últimas eleições me surpreenderam mas estaria a mentir.

Contrariamente ao que tenho ouvido e lido por aí, por mais incompreensível que tenha sido o resultado, de mim não ouvirão uma palavra contra os eleitores. Se em tempos critiquei os militantes do PSD e da JSD por chamarem “estúpido” ao “povinho” nas eleições ganhas pelo PS, não é agora que vou mudar de opinião.

FALANDO DE LITERATURA ORAL, POPULAR E TRADICIONAL

Quando se fala de Literatura oral, à partida, como o nota Manuel Viegas Guerreiro na obra ”Para uma História da Literatura Popular Portuguesa"1, existe uma contradição porque a Literatura é associada à escrita, já que etimologicamente a palavra Literatura refere-se à escrita, às letras, no sentido estrito do termo, portanto ao carácter do que é escrito.

DOIS DEDOS DE CONVERSA E UM COPO DE TINTO

- É verdade, meu caro amigo, lembro-me como se fosse hoje! As nossas conversas eram feitas de copos de tinto, acompanhadas por leves tiras de presunto e de pão alentejano, com azeitonas. Um bom vinho alentejano aquele que se bebia nos bancos da nossa tasquinha. O meu amigo, lembra-se? Os assuntos, esses, variavam de acordo com os temas da atualidade, as capas dos jornais do dia ou as histórias do passado, no tempo em que nos conhecemos. O meu amigo, lembra-se? – perguntava, enquanto deitava mais um pouco de vinho no copo, deixando-o meio cheio e meio vazio, ao mesmo tempo.

O POPULISMO E... A EDUCAÇÃO FINANCEIRA!

O populismo e… a educação financeira! (já viram que tudo dá para falarmos deste tema?)

Como cidadão politicamente interessado (o que não significa que seja politicamente submisso), gosto de ouvir as diferentes propostas desde os partidos representados na Assembleia da República até àqueles que não têm essa representação. Isso significa que pelo menos uma vez oiço o tempo de antena e vou seguindo, com alguma atenção, as entrevistas que vão acontecendo (mais as da rádio, até porque passo muito tempo dentro do carro).

VALE TUDO!

O recente escândalo envolvendo o grupo Volkswagen, com a revelação da utilização de software para manipular e defraudar os testes de níveis de emissões poluentes é algo um pouco maior e mais grave que uma batota numa mesa de sueca, é uma fraude mais ao nível de Las Vegas.

OS ABUTRES CERCANDO O REBANHO

Esta desafortunada metáfora recorda o drama dos refugiados que tão recentemente tem fustigado a Europa. E apesar de todo o rebanho de refugiados sírios e emigrantes de outros países do Médio Oriente que atravessaram a Síria, terem fugido dos predadores chamados Estado Islâmico, a Europa, o seu oásis, o seu refúgio, ao contrário do expectável, não lhes abriu as portas. Este cantinho do Mundo reconhecido como tolerante, aberto, democrata, solidário, o seu porto de abrigo, esqueceu os seus valores de humanidade e civilidade que tinha arreganhado no pós IIª Guerra Mundial.

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