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Opinião

ETERNOS VELHOS DO RESTELO

Mal pensava Luís de Camões que os seus velhos do Restelo ainda hoje andariam por Portugal: com uma voz muito mais agressiva que triste, mais jovem que engelhada, mais medrosa que realmente fruto de uma experiência de vida.

ÚLTIMA HORA: BATACLAN DE DEATH METAL EM PÓVOA DE LANHOSO

Nos últimos tempos, apesar de não assistir com frequência a programas televisivos, tenho vindo a aperceber-me de que, contra as advertências da minha mãe, afinal eu tinha razão, na televisão aprende-se pouco. Para mim, é apenas um mero instrumento de lazer, por isso é que só me sento alguns minutos por semana frente ao televisor, vendo muitas vezes já para dentro (para desespero do companheiro) alguma série ou filme.

TESTIMONIUM IN CONSPECTU OMNIUM

Na passada semana, na sexta-feira, fomos uma vez mais confrontados com a face do terrorismo, radicais islâmicos intentaram um ataque no coração da Europa.

A comoção generalizada, potenciada pelo facebook, transformou o mundo ocidental em “Je suis Paris”, o que não deixa de ser hipócrita, afinal nas últimas semanas, foram mortos as mãos dos radicais, milhares de homens, mulheres e crianças. Não vimos antes “Je suis…” Síria, Rússia, qualquer geografia africana ou do Médio Oriente.

A ALMA

Duas crianças estão sentadas numa sala vazia, onde só está um televisor desligado e dois copos de água. As duas crianças olham ao seu redor. Uma, a primeira, se assim podemos contá-la, olha as paredes despidas. A outra, a segunda, olha pela janela, por onde entram alguns raios de sol, tímidos, mas determinados na sua essência, acinzentados por aquelas nuvens que escondem o Sol como o corpo esconde a alma. As paredes dessa sala vazia estão despidas. Não se vê nelas um rumor, nem a ponta de vida do quadrado que é esta sala.

MAIS UM GRANDE ENCONTRO DE JUVENTUDE - 14º ENAJ

Há sensivelmente um ano estava a escrever uma crónica sobre o 13º Encontro Nacional de Associações Juvenis (ENAJ) em Évora, mencionado vários aspectos positivos da sua realização, e mais especificamente da sua realização no sul do país, nomeadamente no Alentejo e em Évora.

AFINAL O QUE FAZ UM ECONOMISTA?

No livro “Economia explicada ao meu filho”, a determinada altura está uma passagem onde escrevo que todos nós somos Economistas: não de formação mas de ação. E isto é puramente verdade: a Economia analisa a forma como os agentes económicos fazem escolhas, devido ao facto de terem um elevado número de necessidades e de terem recursos que são escassos. E essas escolhas implicam benefícios e custos, sendo que todos nós somos obrigados a entrar neste processo.

A ECONOMIA DA GUERRA E DO TERROR

Depois dos atos de terrorismo que tiveram epicentro em Paris e com abalos sentidos um pouco por todo o mundo, é-me difícil escrever a habitual crónica sobre economia m tocar neste assunto.

Sem dúvida que se tratou de uma tragédia sem palavras, de um horror e terror inqualificáveis e mais um daqueles exemplos que envergonham a Humanidade e que vou ter sérias dificuldades em explicar ao meu filho que tem agora 4 anos. Porque é que Homens fazem isto a outros Homens? Em nome de que? De quem?

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO SUPERIOR E OS SEUS DESAFIOS

Pessoalmente acredito que a formação de cada indivíduo a nível pessoal é um direito que deve ser garantido a todos sem excepção, sendo a máquina representada pelo Estado indispensável para promover estas sinergias.

MAS AFINAL O QUE É A RADIOACTIVIDADE?

Todos os objectos à nossa volta são constituídos por pequenas partículas a que os químicos chamam átomos.

A HORA DA CEIA

Nos meses frios, em fins de novembro, a família deve juntar-se à hora da ceia. Deve ser um ritual que se cumpra religiosamente à mesma hora, todos os dias. O pai, vindo do trabalho, a muitos quilómetros de distância, do outro lado da cidade grande, vindo de um dia cansativo como todos os outros em que a madrugada desperta o ser e não adormece a necessidade de ir trabalhar, dentro de nós. O pai atravessa a cidade numa carruagem de metro e, depois, no comboio suburbano que parece nunca mais chegar e que vai atulhado de gente, todos com a mesma expressão facial de quem conhece a palavra “rotina” em todas as suas formas e que sabe que o caminho se repete, inverso, no dia seguinte, e assim sucessivamente.

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