Até 2100, as temperaturas médias em Portugal, em especial no Alentejo, deverão sofrer um aumento de dois a três graus, podendo verificar-se, nos meses de verão, máximas diárias acima dos 40ºC. A informação é revelada por um estudo realizado por investigadores da Universidade de Aveiro.
A investigação, publicada na revista Climate Dynamics, constata que, em certas regiões nacionais, a máxima diária poderá sofrer um aumento de quatro a cinco graus. “[O fenómeno] será muito menos lento do que se julgava”, destaca ao Diário de Notícias David Carvalho, co-autor do estudo, também assinado por Alfredo Rocha e Susana Cardoso Pereira.
As regiões mais afetadas por este aumento serão o Alentejo, o Algarve e as beiras, que poderão sentir os efeitos secundários do aquecimento provocado pelas emissões de gases com efeito de estufa, sobretudo incêndios de grandes dimensões.
O estudo prevê que, entre 2046 e 2065, as temperaturas diárias deverão aumentar 1,5 a 2 graus e 2 a 3 no período entre 2081 e 2100. “Aumentos de cerca de 2-3 graus centígrados em termos de temperaturas médias, máximas e mínimas são suficientes para causar impactos em áreas vitais como agricultura, fogos florestais, seca, desertificação e respetivos impactos na saúde e bem-estar das pessoas”, conclui o investigador.
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