Podia escrever um artigo sobre esta temática em maio, mas decidi fazê-lo neste mês, em que muitos gozam dos seus períodos de férias. E porquê? Porque ao trabalhador não deve existir apenas um dia ou um mês dedicado. Em todos os dias, meses e anos, os trabalhadores são os grandes protagonistas de qualquer organização, os verdadeiros motores do progresso, quer seja empresarial no privado, ou no estado e setor público.
Não existe sucesso ou objetivos superados numa organização, nem existem lideranças e chefias notáveis, sem o contributo eficiente dos seus trabalhadores que são o início, o desenvolvimento e o finalizar de qualquer processo a empreender. A valorização do recurso humano é um fator a cada dia mais importante no êxito das organizações e os custos inerentes a essa valorização, devem ser encarados como o mais eficaz investimento na produção.
Nos últimos tempos compreendi, numa perspetiva diferente da que conhecia, o verdadeiro significado de investimento nas pessoas em contexto de trabalho e isso vai muito além do simples incentivo direto na remuneração. A criação de boas condições para o desempenho das funções laborais de cada indivíduo, o cumprimento das normas de segurança e saúde no trabalho, que na sua ação preventiva minimizam os riscos e reduzem de forma óbvia os gastos na área da saúde relacionados com o tratamento, a gestão do tempo e a conciliação das atividades profissionais com a realidade familiar de cada trabalhador que também é “pessoa”, assim como a capacidade de gerir os volumes de trabalho por forma a evitar os burnouts profissionais que estão a subir em números verdadeiramente preocupantes, ou a capacidade de antecipar a desacreditação dos profissionais nos projetos em que estão inseridos, levando à consequente perda de ativos nos quadros de pessoal por desistência e mobilidade dos próprios.
Estes são apenas alguns exemplos sobre formas de investir no recurso humano em contexto profissional, valorizando-o, como o maior ativo de uma organização.
A entidade ou empresa, que não se preocupar com a motivação, condições de trabalho em segurança, saúde, progressão na carreira e enquadramento de vida pessoal/familiar dos seus trabalhadores é uma organização sem futuro.
Parafraseando o palestrante e autor britânico, Simon Sinek, “os clientes nunca vão amar uma empresa, se os seus trabalhadores não a amarem primeiro.” Um conceito que define o elemento chave na base da relação dos utentes, com toda a tipologia de organizações. Os seus trabalhadores!