4 Novembro 2020      09:37

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Ministra sublinha esforço no adiantamento de ajudas aos agricultores

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, sublinhou esta terça-feira o “esforço muito grande” do Governo no adiantamento de ajudas aos agricultores, nesta altura de pandemia, considerando “uma pequena parcela” os 22,8 milhões de euros de medidas agroambientais que estão por pagar.

Em declarações à Lusa durante uma visita à Herdade da Figueirinha, no concelho de Beja, a governante afirmou que “durante o mês de outubro, foram pagos por adiantamento mais de 400 milhões de euros, nomeadamente em medidas agroambientais, e apenas ficou uma medida por pagar até 30 de outubro e que tem a ver com a Produção Integrada”, num montante de 22,8 milhões de euros.

De acordo ainda com a ministra, os 22,8 milhões de euros não foram pagos aos agricultores até 30 de outubro devido a “uma questão de tesouraria, que foi ultrapassada ontem [segunda-feira]”, mas vão ser processados “até ao final da próxima semana”.

Na terça-feira de manhã, o Ministério da Agricultura tinha anunciado em comunicado que o pagamento aos agricultores deste montante dos 22,8 milhões de euros de medidas agroambientais, inicialmente previsto para a passada sexta-feira, vai ser processado durante a próxima semana.

Adicionalmente, o ministério aponta que em outubro, foram pagos 453 milhões de euros, dos quais cerca de 420 milhões de euros no adiantamento das ajudas incluídas no chamado pedido único (Ajudas Diretas, Apoio às Zonas Desfavorecidas e Medidas Agroambientais).

Na visita à Herdade da Figueirinha, na zona de S. Brissos, em Beja, para acompanhar a apanha da azeitona, a ministra reforçou que, “além deste adiantamento” de outubro, “pela primeira vez em 10 anos, a 31 de agosto”, foram adiantados aos agricultores “mais 111 milhões de euros em medidas agroambientais”.

Questionada sobre as acusações da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), de alegado incumprimento do Estado nos pagamentos das agroambientais previstos até esse dia, Maria do Céu Antunes disse que “são sempre justas as reclamações, vivemos em democracia. Agora (...), na realidade, tem sido” feito “um esforço muito grande por parte do Governo” no adiamento de ajudas aos agricultores.

O “setor sabe” que “estamos empenhadíssimos em que tudo corra bem”, com o objetivo de reconhecer “a capacidade que os agricultores têm demonstrado, ao longo desta pandemia” de covid-19, de “continuarem a trabalhar”, realçou.

 

Fotografia de agroportal.pt