4 Fevereiro 2019      12:52

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A importância de não ficar calado

Nas últimas semanas temos tido a possibilidade de ver um anúncio televisivo que alerta para a violência contra idosos e o facto de todos nós podermos ser cúmplices desse crime.

Em Portugal ainda se encontra enraizada a mentalidade: “não é comigo, não vou intervir. Alguém irá resolver”.

Mas muitas vezes o vizinho do lado, o senhor do café, ou a senhora da mercearia são os únicos que poderão evitar a continuidade deste crime.

O crime de violência doméstica, onde se inclui o crime de violência contra idosos, é um crime público, podendo ser denunciado por qualquer pessoa que o presencie ou dele tenha conhecimento.

As formas de denúncia são cada vez mais simples, tendo sido inclusivamente criado o portal da queixa onde a denúncia pode ser feita de forma eletrónica e anónima.

Os idosos que sofrem de violência doméstica são, muitas vezes, pessoas sós, vivendo por vezes em estado de dependência económica dos seus agressores.

Se não formos nós, ao termos conhecimento destas situações a fazer a respectiva denúncia, estas vítimas continuarão sozinhas e num estado que os poderá levar até à morte.

Estas pessoas por vezes encontram-se num estado tal de depressão e solidão que ficam sem forças ou capacidade para se defender.

É aqui que todos nós temos um papel importante a desempenhar.

Andamos por vezes tão preocupados com polémicas em redes sociais e com fake news que nem sequer reparamos no que se pode estar a passar mesmo ao lado da nossa porta.

A campanha agora em curso pode ser um primeiro passo para a sensibilização da sociedade no que ao seu poder de intervenção nestas situações diz respeito, resta saber se a sociedade irá responder com a mesma determinação e abrangência.

 

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