Será instalado em Portalegre um centro de investigação, desenvolvimento e produção de inseticidas biodegradáveis e não tóxicos para outras espécies ou ambiente; um investimento de cerca de 2,3 milhões de euros, financiado em cerca de um milhão de euros por fundos comunitários através do Portugal 2020.
O projeto é da Entogenex Europe e para a produção deste tipo de inseticidas será utilizada uma tecnologia baseada na identificação e sequenciamento de peptidos moduladores da biossíntese de enzimas essenciais para a digestão dos diferentes organismos, seguida da sua codificação no genoma de levedura, levando à sua expressão intracelular regulada com a otimização do processo fermentativo.
O resultado, a biomassa gerada, é inativada gerando um produto formulado que pode ser fumigado ou aplicado no controle de mosquitos transmissores, entre outras doenças, da dengue, zika, malária e febre do Nilo Ocidental mas que não afeta outras espécies.
Com esta tecnologia será também possível desenvolver uma aplicação para espécies específicas que afetam a agricultura mediterrânica como a oliveira, azeitona, frutas vermelhas e outras.
João Transmontano, um dos promotores do projeto, à Rádio Portalegre, revelou esta substância não tóxica e biodegradável pode ser alternativa ao glifosato, um dos herbicidas mais utilizados em todo o mundo e que tem causado muita controvérsia por acarretar riscos para a saúde e para o meio ambiente.
Imagem de farmaceuticas.com.br