24 Setembro 2015      15:01

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PENSAR E SENTIR É O QUE NOS TORNA HUMANOS

“É com o coração que se vê corretamente, o essencial é invisível aos olhos.”

Antoine de Saint-Exupéry, “O principezinho

 

Sociedade do Bem: Pensar e sentir é o que nos torna humanos

Lembram-se de quando querem dizer uma determinada "coisa" que está mesmo na ponta da vossa língua, mas não sabem o que é? Imaginem o que é terem um determinado sentimento ou emoção no lugar dessa "coisa" e não sabem qual o nome que lhe devem atribuir.

Agora somem à situação descrita anteriormente, o facto de não saberem quais as palavras-chave associadas a esses mesmos sentimentos e emoções... Torna-se quase impossível transmitir ou explicar ao outro o que estamos a sentir. Além disso, se pensarmos profundamente nem sequer precisamos de palavras, porque a nossa expressão facial e linguagem corporal comunicam por nós.

Coloca-se outro ponto importante, que consiste em saber identificar e reconhecer as emoções através da linguagem corporal e leitura de expressões faciais... De um modo bastante simples expliquei-vos o que é a Literacia Emocional.

A Literacia Emocional consiste na capacidade de identificar e reconhecer emoções no outro ou em si mesmo. As emoções desempenham um papel essencial no equilíbrio e na saúde de todos nós. A Literacia permite aos indivíduos desenvolver uma capacidade de reflexão, crítica e empatia no que diz respeito ao mundo interno de cada um, assim como a nossa aproximação do que o outro pode ser, estar e sentir.

 

Mas qual é o papel da Literacia Emocional nas escolas?

Primeiros dias de aulas: mochilas, canetas, cadernos, livros, mentes sedentas por aprender, níveis de motivação díspares, medos, etc. Em cada novo ano letivo estão presentes estes elementos e outros que fazem parte do ensino escolar.

Do currículo fazem parte disciplinas como a Matemática, o Português e Estudo do Meio ao longo do Ensino Básico. A escola é o principal agente responsável pelo desenvolvimento do intelecto, seja através do raciocinio lógico-matemático, compreensão, lógica e organização visual e espacial (algumas categorias presentes no Quociente de Inteligência).

O ensino escolar cultiva a inteligência, o sucesso escolar, o alcance das metas curriculares (que cada vez mais são exigentes, tanto para os alunos como para os professores), entre outros aspetos, esquecendo-se, muitas vezes, de ensinar ou transmitir às crianças outra tipologia de inteligência (que se complementam) que é tão ou mais importante, a qual é denominada de Inteligência Emocional. Nas escolas a inteligência não se deve limitar apenas à estimulação e desenvolvimento do intelecto e ao dominio cognitivo, mas deve desenvolver também as competências socio-emocionais de cada indivíduo.

As emoções andam sempre de mãos dadas com cada um de nós, aprendem e ensinam nas escolas, passam serões em família e passeiam na comunidade. A aventura das emoções e dos seus contextos inerentes apenas começou. Sejam bem-vindos a bordo.

 

Joana Fialho, Psicóloga Clínica e colaboradora na Sociedade do Bem

 

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