26 Agosto 2015      12:10

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A FILARMÓNICA MAIS ANTIGA É ALENTEJANA

A Filarmónica mais antiga do país é alentejana e fez, esta semana, 175 anos.

Falamos da filarmónica Luzitana, de Estremoz (Évora), e que está em atividade há 175 anos ininterruptos.

Fundada a 25 de agosto de 1840, já lá vai o tempo em que a orquestra tinha também no seu nome o título de “Real”; hoje são os jovens quem garante a sua continuidade e que vão estar a representar a instituição nas comemorações dos seus 175 anos, no próximo sábado, com uma sessão solene e um concerto, às 16:30h, no Teatro Bernardim Ribeiro, em Estremoz. Do programa faz ainda parte uma exposição sobre a atividade da filarmónica e que pode ser visitada até ao dia 31 de outubro. Outra exposição permanente é a que a coletividade tem no seu pequeno museu de instrumentos, inaugurada em 1990, quando comemorou os 150 anos.

"A formação é a principal aposta da filarmónica" diz o atual presidente da direção da Luzitana, Paulo Soeiro, à Lusa.

A escola da Luzitana conta atualmente com uma dezena de jovens aprendizes, que recebem lições gratuitas, ministradas por músicos que integram a banda e pelo maestro Luís Ferreira de Matos, sendo que não recebem qualquer remuneração.

A filarmónica - nascida a partir da extinta Banda Marcial do Batalhão de Voluntários de Estremoz da Senhora D. Maria II conta com um total de 30 músicos – conta, na sua composição, com uma maioria de jovens com idades entre 15 e 30 anos.

O nome definitivo de “Luzitana” surgiu em 1875 e, em janeiro de 1894, por despacho da Direção Geral da Administração Política e Civil do Ministério dos Negócios do Reino, D. Carlos distinguiu-a com o galardão de "Real" – denominação que viria a perder com o fim da monarquia em 1910. No mesmo ano, o monarca foi eleito seu presidente honorário. Na época, a filarmónica deslocava-se regularmente ao Paço Ducal de Vila Viçosa para animar festas e jantares com a presença do rei D. Carlos.

A Federação Portuguesa das Coletividades de Cultura e Recreio classifica-a como a banda filarmónica mais antiga de Portugal com atividade ininterrupta e esta coletividade já foi agraciada com a medalha de ouro de Instrução e Arte e com a medalha de Mérito Municipal.

 

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