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Opinião

E AGORA?

O que fazer quando se perde uma referência? Alguém que sempre nos ensinou a acreditar até ao fim? A primeira pessoa a reconhecer o nosso esforço e o nosso valor?

Como se combate este vazio?

Geralmente nestas crónicas costumo apresentar algumas questões e outras tantas possíveis soluções mas, neste caso, a resposta torna-se não só dolorosa como difícil.

A referência permanecerá para sempre e em toda a acção que cada um de nós que hoje tenta combater este vazio praticará e colocará em tudo o que fizer.

BLUE VELVET (parte 2)

Blue Velvet (ou as dores de crescimento segundo o método Lynch)

FERVER EM POUCA ÁGUA

Fazia mesuras o dia inteiro. Andava meio tonto metade do dia e dormia a outra metade. Havia quem dissesse lá na cidade grande que era maluquinho. Talvez fosse. Não se sabia muito bem se era por causa das mesuras que fazia o dia inteiro, se porque andava tonto meio dia ou se porque dormia a outra metade. Ele não se chateava muito com isso. Nem se importava lá com as coisas que diziam dele. Fazia mesuras. Antes de se tornar meio tonto metade do dia era artista de circo e tinha andado por tantas terras como letras do alfabeto multiplicadas por vinte. Bem, tinha andado por muitos lugares.

ATRASOS NOS CONCURSOS ATRASAM A TECNOLOGIA

GRAVES ATRASOS NA ABERTURA DE CONCURSOS PARA PROJETOS NA ÁREA DA TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA.

 

Estamos praticamente a completar 2 anos de Governo do PS com apoio do BE, PCP e PEV.

No entanto, ainda não foram abertos os concursos de candidaturas para: desenvolvimento de infraestruturas na área da transferência de tecnologia; criação parques ciência e tecnologia; criação de incubadoras de base tecnológica; criação de viveiros de empresas; criação de ninhos de empresas; criação de Áreas de Acolhimento Empresarial; criação de Centros de Negócios.

AFINAL, AS AZINHEIRAS NÃO DERAM CORTIÇA!

Apesar da abstenção ter permanecido extremamente elevada, os resultados provisórios das eleições autárquicas de 2017 sugerem que quem votou, não só, não se deixou seduzir pelo canto das sereias como, ainda, penalizou fortemente os erros de “casting”.

BLUE VELVET/ 1986 (Parte 1)

Blue Velvet (ou as dores de crescimento segundo o método Lynch):

OS CÃES PASSAM E A CARAVANA LADRA

Era uma família nómada que vivia ali na beira do rio. Eram hippies alentejanos que tinham aprendido a conviver com a natureza de forma tão natural que se confundiam com a própria natureza em si. A mãe era as águas e o pai a terra de onde floresciam os vegetais e as frutas com que se alimentavam todos os dias do ano. A mãe era calma como as águas dos ribeiros, sem ondas que só suavemente se tornavam em ondulação. A mãe nunca gritava e nunca se chateava com os quatro filhos que tinha. Vivia no pacifismo das águas. Podiam ter-lhe dado, até, em honra disso, a alcunha de Mãe Água.

DA QUESTÃO DA CATALUNHA AO TABU DA UNIÃO IBÉRICA

Tem-se ultimamente dado conta com mais clarividência das intenções, cada vez mais intensificadas, de auto-determinação do povo catalão. A questão não é, nem de perto nem de longe, uma coisa recente, e não se afigura nos dias que correm, como algo passageiro, é sempre um tema que adormece e ressurge de tempos a tempos.

BLACKSTAR – BOWIE NEGRO

Blackstar é um disco extraordinário. Que não podemos amar nem um pouco mais nem um pouco menos. Digamos que está para lá de uma certa percepção: o entendimento dos homens.

Um homem aguarda a morte próxima. Um homem idolatrado (forma de amor dedicada aos temperamentos criativos) por milhões que nada sabem sobre a presença iminente dessa morte – e por isso vista como extravagância quando confirmada.

A morte dos semideuses, aqueles que (por determinação, imersos num profundo desejo, tão próximo do sonho de criança) deixámos em devido tempo realmente de ver como homens.

ELEIÇÕES, REFERENDOS, PODER E A PERVERSIDADE DA DEMOCRACIA

Num curto espaço de tempo o mundo começa a ver ruir alguns princípios da Democracia que deixam cada vez mais evidente que é – como disse Camus em 1948 – não o melhor dos regimes, mas o menos mau.

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