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Opinião

NASCIDO A 4 DE JULHO

Nascido a 4 de Julho (1989), de Oliver Stone

Olhar para trás. Passaram quase 30 anos e, aos poucos, nem a memória é fidedigna. Não em absoluto. Como se fosse uma outra vida, e apetece dizer felizmente. Outono – Inverno de 1989.

E se é assim para o comum dos mortais no mais comum dos países, por um filme, imagine-se para Ron Kovic (rapaz sonhador, adulto paraplégico e personagem exemplar do cinema americano, i.e., que emerge de uma história real e com forte componente simbólica), naquele que se vê como o menos comum dos países, por uma vida.

HÁ SEMPRE UM LAMBITA…

O simples ato de pensar que se pode ter e fazer carreira na função pública em Portugal é simplesmente anedótico. A progressão profissional em Portugal na função pública nos últimos anos tem sido feita de determinadas maneiras. Dos vários acessos, o menos trilhado foi o do mérito.  Não por uma questão de não haver pessoas que mereçam subir pelo valor do seu trabalho, mas simplesmente porque este mérito não é reconhecido por quem manda como sendo premissa para um trabalhador progredir. Então como se progride em Portugal, a nível profissional, no seio do Estado e Setor Público? É simples.

COISAS

Hoje é dia de escrever sobre coisas. Não é porque não me apeteça escrever uma longa crónica sobre coisas longuíssimas, como serpentes ou fitas métricas, mas porque me apetece escrever estas coisas. Sendo alentejano, gosto de falar de coisas dizendo tudo sem dizer nada. A minha avó, quando falava de alguma coisa, falava de o coiso ou a coisa. Referia-se a tudo, sem especificar exatamente o que quer referir. Mas hoje é dia de coisas. Ora vamos lá.

VALORIZAR O PATRIMÓNIO MEGALÍTICO E ROMANO DO CONCELHO DE ÉVORA

Recentemente apresentámos na Assembleia da República 2 iniciativas para valorização do património Megalítico e Romano do concelho de Évora

1 – Recomenda ao Governo que adote as medidas que possam dar resposta ao estado de abandono e de degradação do Cromeleque dos Almendres, Menir dos Almendres, Anta Grande do Zambujeiro e Cromeleque Vale Maria do Meio.

No distrito de Évora existem centenas de monumentos pré-históricos — antas, menires e cromeleques, vestígios que fazem desta Região, uma das mais importantes do país em termos arqueológicos.

25 DE NOVEMBRO - PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

É rara a semana em que não lemos uma noticia sobre a morte violenta de uma mulher às mãos do companheiro ou ex companheiro.

Nos últimos anos a média de mulheres assassinadas por violência de género tem sido de 2 mortes por mês. Este ano, até 20 de Novembro o Observatório de Mulheres Assassinadas da UMAR registou um ligeiro decréscimo no número de mulheres assassinadas, mas ainda assim já se registaram18 femicídios e 23 tentativas de femicídio.

UM NOBEL FRAUDE

A binariedade entre o certo e o errado, aplicado à atual economia discursiva, auto-impõe limites, maioritariamente, não credíveis.

Estou a falar da situação do povo Rohingya.

Vivendo em Myamar, habitam uma prisão a céu aberto, sujeitos a todo um tipo de atrocidades, de restrições, de trabalhos forçados, de restrições à liberdade de circulação, de extorsões, de regras de casamento injustas e confisco de terras.   Com cidadania recusada pelo governo e acusados de práticas violentas sobre a maioria budista, vivem um apartheid consentido.

ESCULTURA DE SÁTIRO

No Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo repousa um Sátiro do tempo dos romanos. Os Sátiros são figuras da mitologia grega e romana e com isto já se percebe que vou falar de Évora romana. O Sátiro de que falo é uma elegante escultura em mármore branco, de um Sátiro em repouso, uma figura masculina, deitado sobre uma pele de pantera com a cabeça, cabelo encaracolado e orelhas pontiagudas, apoiada no braço direito e a perna direita cruzada sobre a esquerda, nu mostrando o sexo. Data do século I–II d.C. com 1,59 m de comprimento e 62 cm de espessura.

A DÍVIDA DOS OUTROS QUE É PAGA POR NÓS

Em noticia publicada pelo jornal o SOL a 16 de novembro último, o economista especialista em dívidas soberanas, Eric Toussaint, diz não ter dúvidas quando afirma que “parte da dívida portuguesa é claramente odiosa ou, pelo menos, ilegítima” e que “o governo português deveria suspender o pagamento da dívida e impor aos credores uma redução radical da dívida”.

FIASCO

Drumbliava entre drumbles e brumbíades. À noitinha, quando já não se via nada, saía da toca onde se escondia e preparava-se para fazer as malandrices que fazia quando as pessoas começavam a ver menos e algumas a fechar os olhos. Era uma criatura muito matreira, que poucos tinham visto mas muitos tinham já ouvido falar, amplamente, diria eu. Era de uma espécie que só há pouco tempo os cientistas conseguiram identificar – Drumbliofes agudus mas era conhecido na gíria humana como Fiasco. Havia unanimidade em relação a dar-lhe esse nome.

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