13 Agosto 2017      12:14

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BARRANCOS É 1.º LUGAR NO RANKING DO DESEMPREGO NACIONAL

O jornal Dinheiro Vivo elaborou um ranking com base nos dados mais recentes publicados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional e pelo Instituto Nacional de Estatística, que não dispõe de dados atualizados em relação à população activa e concluiu que a Vila de Barrancos, no Baixo Alentejo, tem o valor mais alto  de desemprego do país, com um rácio de 10,4%.

Apesar destes rácios subestimarem a taxa de desemprego uma vez que contabilizam a população total do concelho, idosos, estudantes, todos os inativos, Barrancos apresenta o mais alto valor de desemprego do país.

Barrancos é o melhor exemplo dos custos da interioridade. Está isolada, sofre de envelhecimento populacional e de despovoamento, e pouco lhe resta para além do esforço da autarquia (CDU), que é o maior empregador da região.

Apesar da sua particularidade em ser a capital do presunto Denominação de Origem Protegida, e de nela estarem instaladas unidades de processamento e cura de carne de porco preto, Barrancos tem problemas estruturais que a impedem de progredir. Pelo menos é essa a opinião de João Ramos, deputado do PCP eleito por Beja.

“O problema de Barrancos chama-se interioridade. As vias de comunicação são terríveis. As poucas fábricas existentes, de processamento e cura de carne, sobretudo de porco preto, têm enormes dificuldades em trabalhar, em exportar, em escoar a sua produção, que assim se torna mais cara”, esclarece.

Outro dos problemas da região para João Ramos "é o fornecimento de energia elétrica, que tem falhas constantes. Isso gera custos elevadíssimos a toda a gente".

“Restam as instituições, a autarquia de Barrancos, que é o maior empregador local, e que mesmo assim também enfrenta dificuldades crescentes. A economia não gera receitas suficientes, a Lei das Finanças Locais não é aplicada devidamente", conclui.

Imagem de capa de pcp.pt