30 Março 2022      08:11

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Porto de Sines será “um impulso para o desenvolvimento do Alentejo”

João Grilo, presidente da Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo

João Maria Grilo, presidente da Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL) e da Câmara Municipal de Alandroal, defendeu que o facto de o Porto de Sines poder vir a ser uma uma ponte na distribuição do gás natural “acaba por ser ainda mais um impulso para o desenvolvimento estratégico e económico do Alentejo”.

Em entrevista ao jornal ECO, João Maria Grilo afirmou que “o Porto de Sines é, sem dúvida, um grande polo de desenvolvimento da região”, argumentando com o facto de, “neste momento, já ter uma importância estrutural nalguns setores, como no da movimentação de mercadorias”. Além disso, esta infraestruturas destaca-se na produção de energias limpas, uma vez que “existem grandes projetos de fotovoltaicos e de hidrogénio verde para a região”.

Para o responsável, o Porto de Sines surge, assim, como ponto estratégico para a inversão do paradigma de entrada de gás na Europa “para que se acabe com a dependência que estava criada no norte de Europa, nos gasodutos que existiam entre a Alemanha e a Rússia”.

O presidente da ADRAL acredita, por isso, que “o Porto de Sines tem capacidade para aumentar em muito a sua resposta em termos de receção, armazenamento e distribuição de energia, em particular o gás natural”.

“Sines está altamente bem posicionado para fazer essa ponte” entre os Estados Unidos da América (EUA) ou África e o resto da Europa, realçou João Maria Grilo, tal como tem defendido José Luís Cacho, presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS).

O também autarca acrescenta que esta é uma boa oportunidade para criar alternativas, sobretudo agora “em que já não há reticências da parte da França em relação à passagem do gás pelos Pirenéus, o que abre caminho a que se criem soluções a partir da Península Ibérica”.

Recorde-se que os EUA e União Europeia estabeleceram um acordo que prevê o aumento do fornecimento por parte dos americanos de uma maior quantidade de Gás Natural Liquefeito (GNL) aos países europeus até ao fim de 2022.

 

Fotografia de empresasmais.pt