25 Junho 2018      10:21

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Os extremismos podem esperar, a vida humana não

A referência a Trump começa a ser uma constante nas notícias e nos espaços de análise política.

Desta feita uma das maiores, senão a maior violação de Direitos Humanos protagonizada pelos Estados Unidos.

Escudado numa lei Trump permitiu que crianças refugiadas ficassem em jaulas afastadas das suas famílias.

Famílias que antes de chegarem aos Estados Unidos passaram pelo inferno da guerra, dos bombardeamentos, das travessias para fugir e garantir a segurança e sobrevivência dos seus filhos.

Depois desta decisão, Trump anunciou a saída dos Estados Unidos da Comissão de Direitos Humanos, num gesto grave mas que acaba por ser de uma preocupante coerência com os actos levados a cabo pelo Presidente dos EUA.

Após pressão mundial, Trump fez o que deveria ter feito ainda antes de toda esta situação ter começado, assinou uma ordem executiva para colocar um ponto final nesta situação que aproveitou da pior forma uma lacuna na lei.

Mas toda esta situação e violação de Direitos Humanos começa a alargar-se por todo o Mundo.

Itália já fechou as fronteiras a navios de refugiados que vieram a ser acolhidos pelo Governo Espanhol.

Na Hungria foi aprovado um pacote legislativo que criminaliza o apoio prestado aos refugiados.

A pouco e pouco começamos a ver como podem os regimes extremistas actuar e prejudicar a vida de milhares de famílias que fogem de algo que lhes foi tirado: o direito a viver no seu País, livres de guerras.

A nível mundial é necessário definir medidas de apoio aos refugiados por forma a que este tipo de atrocidade não volte a ser cometido.

A nível europeu, os Países devem cumprir as quotas de acolhimento já estabelecidas em lugar de levantarem impedimentos que são celebrados como se de mais uma vitória eleitoral se tratasse.

Enquanto uns celebram, outros choram a perda de mais um familiar.

Vale a pena pensar nisto.

Imagem de capa de John Moore/GettyImage