30 Junho 2021      10:39

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Maior quebra de rendas de casas no país verificou-se no Baixo Alentejo

O crescimento das rendas voltou a acelerar, a nível nacional, no primeiro trimestre deste ano, depois de, no final de 2020, ter sido registado um forte abrandamento, adianta o Jornal de Negócios. Contudo, a maior queda verificou-se no Baixo Alentejo, onde as rendas recuaram 9% para 3,75 euros por metro quadrado.

Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) avançam que o valor mediano das rendas de alojamentos familiares, nos novos contratos de arrendamento, fixou-se em 5,80 euros por metro quadrado no primeiro trimestre de 2021, um aumento de 5,5% face a igual período do ano anterior. Esta taxa representa uma aceleração face ao aumento que tinha sido registado no último trimestre de 2020, de 3,8%.

Contudo, segundo a mesma informação, nas maiores cidades já há quedas notórias dos valores. Em Lisboa, as rendas caíram mais de 9% no primeiro trimestre, enquanto no Porto foi registada uma queda de quase 7%.

Os dados do INE, ainda provisórios, mostram também que, no primeiro trimestre, foram celebrados 19.472 novos contratos de arrendamento de habitação, número que representa uma queda de 6,5% face ao último trimestre de 2020.

A evolução das rendas foi muito díspar por todo o país. Entre as 25 regiões analisadas pelo INE, as rendas aumentaram, no primeiro trimestre, em 16 delas. Destas, há aumentos a dois dígitos em duas regiões: Alto Minho, onde as rendas aumentaram 11,2%, para 4,26 euros por metro quadrado; e Terras de Trás-os-Montes, onde se registou um crescimento de 27,1%, para 3 euros por metro quadrado.

Nas restantes nove regiões analisadas pelo INE, as rendas caíram ou ficaram estagnadas. Destaca-se o Baixo Alentejo, onde as rendas recuaram 9% para 3,75 euros por metro quadrado, seguindo-se a Região Autónoma dos Açores, onde houve uma diminuição de 4,3%, para os 3,76 euros por metro quadrado.

A disparidade na evolução das rendas é ainda mais notória na análise às maiores cidades do país. No primeiro trimestre, as rendas aumentaram em dez dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes: Gondomar, Santa Maria da Feira, Loures, Seixal, Sintra, Vila Franca de Xira, Barcelos, Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Coimbra.

Nas restantes grandes cidades, as rendas caíram ou ficaram estagnadas. A queda mais acentuada, de 12%, registou-se em Matosinhos. Mas é a evolução das rendas nas áreas metropolitanas que o INE destaca. No município de Lisboa, as rendas caíram 9,2% e fixaram-se em 10,99 euros por metro quadrado, mantendo-se como a cidade mais cara do país. Já no Porto, as rendas caíram 6,7%, para 8,30 euros por metro quadrado, enquanto em Almada a queda foi de 1,1%, para 8,29 euros por metro quadrado.

 

Fotografia de cm-moura.pt