O Alentejo Marmòris Hotel & Spa, em Vila Viçosa, está prestes a fazer 10 anos de existência e já conta com três unidades hoteleiras, duas delas em Sintra, de forma a divulgar o mármore da região alentejana e a localidade de Vila Viçosa.
De acordo com o Dinheiro Vivo, o Alentejo Marmòris Hotel & Spa nasceu a partir do negócio de comercialização, transformação e extração de mármore de Manuel e Maria Ana Alves, que quiseram assegurar o futuro das filhas.
Assim, em 2011, começou a construção daquele que seria o primeiro hotel da empresa um antigo lagar de azeite, e que implicou um investimento de cerca de 8 milhões de euros – com 700 mil euros de apoio do QREN.
Contudo, a ideia inicial passava por usar uma propriedade que tinham em Sintra. Mas as dificuldades burocráticas, aliadas à compra de um antigo lagar de azeite mudaram o rumo do projeto.
Em declarações ao Dinheiro Vivo, Susete Alves, diretora do Alentejo Marmòris Hotel & Spa, recorda que a compra, o projeto e construção do hotel em Vila Viçosa demorou muito menos tempo que o licenciamento do hotel em Sintra: “estavam os dois a decorrer ao mesmo tempo. Era ver o que ocorria primeiro”.
A responsável acrescenta que, na altura, estando no liceu, decidiu enveredar pela área da hotelaria: “casaram um pouco as vontades”, constata.
Segundo Susete Alves, a ideia foi sempre a de utilizar o hotel como um mostruário do mármore, ajudando, no processo, aos custos da pedreira da família, que facultava a matéria-prima e ajudava ainda a “vender” a localidade, Vila Viçosa.
Neste hotel, todos os espaços públicos utilizam mármore, quer na construção quer na decoração. Os 44 quartos e suites, assim como todos os restantes espaços, utilizam 93% de mármore português, “a maior parte das nossas pedreiras”. Os restantes provêm de países como a Bélgica, França, índia, Turquia e Itália.
A responsável destaca ainda o chão, que inclui desenhos feitos por Manuel Alves e um trabalho de artífice “muito difícil de se fazer” e que “exige muita precisão”.
A empresa familiar detém ainda um palacete do século XVIII em Sintra que, inserido numa propriedade de 10 mil metros quadrados, foi remodelado e modernizado, transformando-se num alojamento local com nove quartos, num investimento de cerca de 1,2 milhões de euros.
O sucesso do negócio na vila levou ainda a que a família se decidisse a avançar para uma terceira unidade, através da aquisição de um edifício, localizado junto à Câmara Municipal de Sintra.
A ideia inicial era ter uma unidade “mais ou menos low budget” com 21 quartos. No entanto, este número de quartos obrigava a optar por um hotel, pelo que o projeto foi repensado. O resultado foi um alojamento local “high-end” com nove suites, seguindo o conceito Marmòris, ou seja, com utilização de mármore e um investimento de 1,4 milhões de euros.
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