A história da Lua e do Sol

Todos os anos releio a história mais antiga que conheço. Não é um clássico, mas causa O efeito mágico em mim.

Estou a falar da história da Lua e do Sol. Decidi partilhá-la convosco.

Começa com estes dois a apaixonarem-se. Um amor tão único e mágico que faria inveja a qualquer um. Viveram o amor deles enquanto conseguiram, porque o Mundo acabou por “ser criado”.

Na criação deste, foi-lhes dado brilho próprio, para que o Sol iluminasse o dia e a Lua, consequentemente, a noite. Com isto, foram obrigados a viver separados. Imaginem o que ambos sentiram.

Foi dito então à Lua que lhe cabia iluminar as noites frias, encontrando, assim, os apaixonados, sendo ela motivo de inúmeras poesias. Ao Sol, foi-lhe dado o cargo de o mais importante dos astros, iluminando a terra durante o dia, fornecendo calor e causando felicidade.

Apesar dos importantes títulos, a Lua foi abaixo. Era ela quem mais precisava do Sol. Chorou e chorou pelo destino. O Sol, ao vê-la sofrer, permaneceu forte pelos dois. Deu-lhe força e aceitou os dias futuros, fazendo um pedido, visto que a Lua era a mais frágil, sendo difícil para ela suportar o sentimento de solidão. Estrelas foram criadas para acompanhar a Lua e consolá-la quando necessário.

A história dura até hoje. O Sol finge ser feliz. A Lua vive triste. O Sol arde de paixão. A Lua vive na escuridão, rodeada de saudade.

O criador do mundo acaba por decidir que nenhum amor seria impossível. Nem mesmo este. É criado o eclipse.

Nos dias de hoje as personagens vivem para que esse dia chegue. O raro acontecimento que os une por meros segundos. Estes não perdem a esperança do amor porque saberão que, um dia mais tarde, acabam por se encontrar. É onde quero chegar.

Dias melhores virão e nós, como a Lua e o Sol, teremos a nossa oportunidade.

O importante agora é mantermo-nos a salvo. Eu. Tu. Todos nós. Mantermo-nos fortes. Não só por nós, mas pelo mundo.

Se queremos estar presentes para amar, teremos, por agora, que o fazer à distância. Se a Lua e o Sol conseguem, qual é o nosso problema?