21 Março 2023      09:48

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Empresário do “Shark Tank” quer abrir escola na Comporta

Tim Vieira, fundador da Brave Generation Academy

O empresário Tim Vieira, que foi um dos “tubarões” na primeira edição do programa televisivo “Shark Tank”, vai reforçar a aposta em Portugal. Para isso, está a preparar a abertura de mais seis espaços, ainda este ano, da Brave Generation Academy (BGA), um projeto de ensino que procura preparar jovens para o futuro.

Dos planos do empresário, faz também parte a abertura, no futuro, de uma destas escolas na Comporta, onde se está a desenvolver o projeto da Vanguard, noticia o jornal Eco.

No espaço de dois anos, a BGA já conta com 40 espaços distribuídos por Portugal, Estados Unidos da América, Espanha, Moçambique, África do Sul, Quénia e Namíbia, tendo o 40.º espaço sido inaugurado na passada sexta-feira (17), em Ofir.

Este projeto surgiu com o propósito de ajudar os jovens entre os 12 e os 18 anos de idade a encontrar a sua vocação, contrariando o modelo de ensino tradicional, uma vez que cada um dos espaços recebe, no máximo, 30 estudantes e não tem horários fixos.

“Uma das grandes vantagens da BGA é a flexibilidade, uma vez que os alunos podem aprender ao seu próprio ritmo e fazer o seu próprio horário. Vivemos num momento em que os jovens lidam com as novas tecnologias e nas escolas tradicionais não encontram isso. Está tudo praticamente igual ao que se fazia quando eu estudava. Os jovens estão agarrados a um horário rígido que mal lhes dá tempo para explorarem outras atividades”, refere Tim Vieira ao jornal Eco.

A escola criada pelo empresário sul-africano é certificada pela Cambridge School e dispõe dos níveis de ensino Lower Secondary, IGCSE e A-Levels, tendo cada um deles a duração de dois anos. 

Tal como acontece com os horários, o início do ano letivo também é flexível, cabendo a decisão aos estudantes, que são acompanhados por mentores, que os vão auxiliar durante o percurso escolar, e por gestores de curso, que lhes vão fornecer os conteúdos ensinados nas academias.

Frequentar a BGA tem o custo mensal de 485 euros, quantia que já inclui os custos da certificação de Pearson e de Cambridge. Contudo, esta escola também atribui bolsas de estudo.

Tim Vieira explica ainda que o foco da BGA “é o aluno, não é a turma.”. Por isso, o mais importante é “saber qual é o sonho de cada um e ajudar a atingir esse sonho”, sem nunca esquecer as dificuldades que poderão surgir e as estratégias para as ultrapassar.

Este projeto tem chegado a empresas, como a sede da Sonae, na Maia, a clubes, como o Royal Club de golfe, em Óbidos, e a câmaras municipais, como a do Fundão.

O empresário defende ainda que as grandes empresas “não vão continuar a contratar com base nos currículos académicos, mas sim com base nas competências sociais [soft skills]” e que, por este motivo, os funcionários com maior capacidade de aprendizagem, de trabalhar em equipa e de resolver problemas recorrendo à criatividade “vão continuar a ser os mais requisitados”.

Os seis hubs da BGA que abrem portas nos próximos meses, em Portugal, vão ser em Aveiro, Vilamoura, Coimbra, Viseu, Funchal e Tábua.

Ainda assim, a academia tem o objetivo de reforçar a aposta no interior, apresentando-se como uma solução para diversos problemas destas regiões, como a falta de investimento ou a desertificação.

 

Fotografia de executiva.pt