13 Setembro 2015      11:15

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«PASSEIO DA MEMÓRIA» APOIA VÍTIMAS DE ALZHEIMER

O “Passeio da Memória” consiste numa caminhada solidária, cujos fundos das inscrições revertem na íntegra para a Alzheimer Portugal. O objetivo da iniciativa é informar e consciencializar para a importância de reduzir o risco de desenvolver demência, para os sinais de alerta da Doença de Alzheimer e, sobretudo, para a importância do diagnóstico atempado.

O “Passeio da Memória” chegou a Portugal em 2011 e, logo na primeira edição, houve centenas de pessoas que se uniram à causa e caminharam os 6km na cidade de Oeiras (Lisboa).

Em 2012, a Alzheimer Portugal alargou a iniciativa a mais três cidades: Coimbra, Funchal, e Matosinhos juntaram-se a Oeiras e, no total, foram mais de um milhar de pessoas a caminhar pela causa.

Na edição seguinte, em 2013, o número de cidades voltou a aumentar e foram 7 as participantes: Oeiras, Matosinhos, Funchal, Pombal, Beja, Vila do Bispo e Ilha Terceira; número que viria a duplicar o ano passado, quando chegaram as primeiras representantes alentejanas, Campo Maior (Portalegre) e Beja, que se juntaram a Aveiro, Barreiro, Beja, Braga, Fafe, Funchal, Lagos, Matosinhos, Oeiras, Pombal, Portimão, Viana do Castelo, Viseu e Ilha Terceira.

A edição 2015, a 5ª, do Passeio da Memória terá lugar em 18 cidades por todo o país, e vai decorrer nos dias 19, 20 e 21 de Setembro. No Alentejo, em Beja decorrerá pelas 9.30h do dia 19 de setembro e em Campo Maior (Portalegre) pelas 9:30h do dia seguinte, domingo dia 20.

A inscrição/donativo, custa 5 euros.

A Doença de Alzheimer - nome que se deve ao médico alemão Alois Alzheimer que descreveu pela primeira vez a doença, em 1907 -é a forma mais comum de Demência e representa entre 50% a 70% de todos os casos. 

Esta doença provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras) e que, em consequência, provocam alterações comportamentais, na personalidade e até capacidade funcional da pessoa, impedindo até, por vezes, a realização das suas atividades de vida diárias.

As células cerebrais sofrem uma redução de tamanho e número, e esse espaço é ocupado por tranças neurofibrilhares que vão impedir a comunicação dentro do cérebro e danificam as conexões existentes entre as células cerebrais, impedindo o ser humano de recordar as informações.

Sendo mais diretos, a Doença de Alzheimer mata partes do cérebro.

Eram conhecidos até esta semana dois tipos desta doença: o esporádico (ocorre sobretudo a partir dos 65 anos e que pode afetar qualquer pessoa) e o familiar (menos comum, e que se baseia na herança genética). Mas um pequeno estudo, publicado esta quarta-feira na revista “Nature”, realizado por cientistas britânicos, sugere agora que – e essencialmente em circunstâncias muito invulgares – há alterações cerebrais características da doença de Alzheimer que podem ter sido transmitidas entre humanos, desde há várias décadas, através da injeção de extratos de tecidos, colhidos em cadáveres, a pessoas com deficiências da hormona de crescimento.

Entre os sintomas estão Dificuldades de memória persistentes e frequentes (especialmente de acontecimentos recentes), um discurso vago durante as conversações; falta de entusiasmo na realização de atividades anteriormente apreciadas entre outros.

Ainda não foi descoberta qualquer cura para a Doença de Alzheimer, mas alguns medicamentos permitem já estabilizá-la quando detetada numa fase inicial.

Segundo a associação Alzheimer Portugal, mais de 182 mil pessoas em Portugal sofrem de Demência. Em 2040, este número poderá chegar a 364 mil.

A nível mundial, a demência afeta 1 em cada 80 mulheres, com idades compreendidas entre os 65 e 69 anos, sendo que no caso dos homens a proporção é de 1 em cada 60. Nas idades acima dos 85 anos, para ambos os sexos, a Demência afeta aproximadamente 1 em cada 4 pessoas.

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