A venda das fábricas da Embraer em Évora à espanhola Aernnova, fornecedora da empresa brasileira e de outros construtores aeronáuticos, “pode permitir ampliar a oferta produtiva” destas unidades, disse o autarca do concelho alentejano.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, frisou que, pelo menos, “é essa a expetativa” que tem, de que esta venda permita “o alargamento do funcionamento e da produção das atuais fábricas” situadas naquela cidade.
Isto porque “a empresa que adquiriu as fábricas é fornecedora da Embraer, já há algum tempo, mas é também fornecedora de outros construtores aeronáuticos, como a Airbus, a Bombardier”, entre outros.
“Portanto, isto pode permitir ampliar a oferta produtiva das fábricas de Évora”, disse, insistindo acreditar que a venda, ao invés de significar “problemas para Évora”, possa traduzir-se no aumento “do universo de respostas que estas fábricas dão, incluindo a continuidade do fornecimento à Embraer”.
A Câmara Municipal de Évora já pediu uma reunião à construtora aeronáutica brasileira, que ainda não está agendada, para “poder clarificar um conjunto de pontos e de situações”.
Quando questionado sobre se podem estar em risco os postos de trabalho existentes nas duas unidades fabris, o autarca realçou que “a informação que temos é que todos os trabalhadores serão mantidos e até que poderá vir a haver perspetivas da ampliação do negócio”.
Contudo, ressalvou Pinto de Sá, “é ainda prematuro” abordar esse tipo de questões, já que o município não possui “informações oficiais por parte da Embraer”.
“Estamos a guardar uma reunião para podermos abordar todas estas questões”, acrescentou.
Fotografia de observador.pt