O ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, disse que o Governo tem identificado as indústrias criativas como “um fator de aceleração e crescimento” da atividade económica no país, reconhecendo que Portugal tem condições para atrair talento.
De acordo com a Lusa, o governante falava na sessão de abertura do “Trojan Horse was a Unicorn”, a decorrer entre segunda e sexta-feira, em Tróia, concelho de Grândola, distrito de Setúbal.
“Temos muito gosto em apoiar a realização deste evento. Temos identificado a questão das indústrias criativas, o cruzamento entre criatividade, com estética e tecnologia como um fator de aceleração e de crescimento da nossa atividade económica de atração de talento do mundo para o nosso país”, salientou Pedro Siza Vieira.
Segundo o ministro da Economia, Portugal tem de “melhorar o ecossistema”, no sentido de potencializar o país “como um centro de sinergias criativas”.
“Nos últimos anos conseguiu captar 152 projetos para Portugal, com o investimento de 124 milhões de euros, que financiámos, através do fundo de turismo e cinema, em cerca de 38 milhões de euros”, disse o governante, recordando o apoio à produção cinematográfica, lançado há alguns anos.
Para Pedro Siza Vieira, o programa tem permitido ocupar atores, pessoas da produção em um conjunto de produções internacionais.
“Uma economia mais criativa, uma economia mais assente no conhecimento, uma economia mais assente na criatividade, pode gerar mais diferenciação internacional e mais capacidade de criar prosperidade à nossa população”, argumentou.
Pedro Siza Vieira lembrou ainda que o Programa Garantir Cultura já apoiou cerca de 600 projetos em várias áreas, com 30 milhões de euros já pagos a produtores culturais, salas de espetáculos e que permitiu no arranque da atividade económica que as produções continuassem a trabalhar.
Também presente na sessão de abertura do “Trojan Horse was a Unicorn”, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, lembrou que o setor do entretenimento digital é um dos mais capazes de gerar emprego.
“[…] É um setor com um enorme impacto positivo, no setor artístico e cultural, em todas a suas dimensões, da música ao audiovisual, da ilustração, da animação… E um setor que gera muitas oportunidades trabalho”, indicou.
Graça Fonseca sustentou que atualmente Portugal tem um “conjunto de alavancas financeiras” capazes de fortalecer o setor e projetar o país a nível internacional através do “Trojan Horse was a Unicorn”, que se realizou nas duas edições em La Valletta, Malta.
Note-se que o evento principal do “Trojan Horse was a Unicorn” tem como propósito a captação de talentos e recrutamento para várias empresas associadas a este setor, como, por exemplo, a Walt Disney Animation Studios, a Lego, a Netflix ou até a Sony, segundo o fundador da iniciativa, André Luís, em comunicado enviado à Lusa.
As edições anteriores tiveram a presença dos responsáveis pela produção de filmes de animação como “Spider-Man: Into the Spider-Verse”, vencedor do Óscar de Melhor Filme de Animação em 2019.
O projeto fundado em Portugal em 2013, e que decorreu até 2017, visa “ajudar a impulsionar a indústria do entretenimento digital” através de um “conjunto de eventos e iniciativas focadas no talento criativo e nos grandes investidores”, referiu.
Fotografia de portugal.gov.pt