O Observatório do Baixo Alentejo reuniu-se, em Lisboa, com António Costa Silva, gestor e professor do Instituto Superior Técnico e autor da “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação 2020/2030”.
Durante o encontro, o grupo analisou as propostas do Observatório do Baixo Alentejo para o desenvolvimento da região, apresentadas durante o período de consulta pública do documento que baliza as prioridades de investimento para a próxima década.
Segundo o Observatório do Baixo Alentejo, “sobre a mesa está a criação do supraterritório do sudoeste ibérico” e a “afirmação do Baixo Alentejo como região decisiva para o desenvolvimento de Portugal, na procura de respostas para os problemas decorrentes do agravamento das situações de pobreza, desertificação e despovoamento”.
O Observatório do Baixo Alentejo disse ainda, em comunicado, partilhar da visão proposta por António Costa Silva para que “Beja seja a capital mediterrânica de luta contra a desertificação, encontrando soluções que permitam minimizar os efeitos das ameaças climáticas e da escassez de água, numa perspetiva territorial igualmente centrada na interligação entre os principais ativos da região (Alqueva, aeroporto de Beja e porto de Sines), na valorização do mar, no aprofundamento das relações transfronteiriças com a Andaluzia e na cooperação com os países do Norte de África”.
A delegação sublinhou também a importância estratégica da criação de um eixo ferroviário de mercadorias que ligue Sines a Beja e que fortaleça o eixo Sines-Beja-Sevilha. Adicionalmente, a entidade defendeu a dinamização do aeroporto de Beja como “hinterland ibérico e de relacionamento com o norte de África, a partir de uma infraestrutura aeroportuária industrial e de logística”.