O mais importante é manter importante o que é importante, e tantas as vezes nos esquecemos disto, a realidade é que as solicitações da sociedade são tao frequentes que tomamos as partes como o todo.
Vivemos hoje em dia, num mundo que não raras as vezes se começa a valorizar o acessório, deixando de olhar um amigo pelo que ele é na essência, mas pela imagem que projeta, como se uma persona criada pudesse ser a verdadeira essência de alguém.
O algoz começa a ser a televisão, ou o "anonimato" de uma rede social, onde se julgam, condenam e executam pessoas a velocidade dos escândalos dos media.
E vale a pena pensar se esta é sociedade que queremos deixar as gerações futuras. Vale a pena pensar se os valores de solidariedade e fraternidade não tem lugar no nosso dia a dia, ou antes queremos criar uma sociedade que é espectadora da solidão individual de cada um.
É frequente os pais não fazerem a mínima ideia do que se passa na vida dos seus filhos, como se fossem inteiramente autónomos... Como se o avanço tecnológico funcionasse como substituição dos nossos afetos.
E quando isso acontece as famílias desagregam-se, tornam-se disfuncionais e culpam-se os "genarations gaps".
É importante voltar a valorizar o que é realmente importante, e quanto a mim, é importante voltar a cultivar os sentimentos de coletivo, de família e de comunidade, porque só assim quebraremos o paradigma da sociedade da solidão em tempos de hiper-conectividade.