10 Novembro 2021      09:00

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Hidrogénio verde arranca em Sines em dezembro com 76 milhões

O projeto de hidrogénio verde de Sines, com o nome de Green H2 Atlantic, vai arrancar em dezembro, representando um investimento total de 76,6 milhões de euros, com os fundos europeus a contribuírem com 30 milhões, segundo documentos da Comissão Europeia consultados pelo Jornal Económico.

De acordo com o mesmo jornal, a EDP Renováveis vai ser a empresa a coordenar este projeto, que visa o desenvolvimento e a operação de um eletrolisador com 100 megawatts na cidade de Sines.

Para produzir o hidrogénio verde, vai ser usada energia solar e eólica. Depois, o hidrogénio produzido no Green H2 Atlantic vai ser consumido em projetos localizados na cidade alentejana.

O objetivo final do Green H2 Atlantic é criar 1 gigawatt de capacidade de produção de hidrogénio verde, criando 1.147 empregos diretos e 2.744 indiretos, pode-se ler.

“O consórcio inclui toda a cadeia de valor, incluindo produtores de eletrolisadores, produção de hidrogénio verde, consumidores da indústria química e redes de gás natural, empresas de eletrónica de energia, empresas de gestão de energia usando inteligência artificial, produtores de energias renováveis”, refere o documento da Comissão Europeia.

As empresas portuguesas que fazem parte deste consórcio são a EDP Renováveis, Galp, Efacec, Bondalti Chemicals, Centre for New Energy Technologies (CNET, um centro de investigação detida pela EDP e a China Three Gorges), Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), e Martifer e INESC TEC.

De França, fazem parte a MCPHY Energy, Engie Energie Services, Axelera – Association Chimie – Environnement Lyon et Rhone-Alpes e Commissariat a l’Energia Atomique et aux Energies Alternatives. Da Alemanha, Deutsches Zentrum fur Luft und Raumfahrt. Da Dinamarca, Vestas Wynd Systems.

Dos fundos europeus, a maior fatia (19 milhões) destina-se à MCPHY Energy, uma empresa francesa que produz eletrolisadores e equipamentos para armazenar energia. A companhia conta com três fábricas em França.

Segue-se a também francesa Engie com 2,7 milhões de fundos europeus, EDP Renováveis (dois milhões), a Galp (1,5 milhões), a Vestas (um milhão), a francesa Axelera (647 mil euros), o INESC TEC, ISQ e Martifer (cada um com mais de 500 mil euros), Deutsches Zentrum fur Luft und Raumfahrt (Centro Aeroespacial Alemão com 428 mil), Commissariat a l’Energia Atomique et aux Energies Alternatives (Comissariado francês para a Energia Atómica e Energias Alternativas com 342 mil euros), Bondalti Chemicals (328 mil) e Efacec (139 mil).

Além de Sines, existem outros projetos em dois países europeus (Dinamarca e Alemanha) com vista a construir eletrolisadores de 100 MW.

 

Fotografia de revistacargo.pt