Dei-te o mundo. Pelo menos o meu.
Dei-te as minhas lágrimas, dei-te a minha dor e continuo do avesso.
Perdi a minha voz, o meu olhar, perdi-me em ti e ainda não me encontrei.
Dei-te o meu ar junto da minha mão e largaste-a. Caiu tão suavemente que só senti quando voltei a ter um frio desconhecido, será? Tão desconhecido assim?
Fiz as pazes com a dor e jogamos xadrez. Caída nela, dá-me forças (ironicamente), não me puxando contra si, não desistindo de mim.
Hoje, contra o vento furioso, despeço-me da tua sombra que me persegue inconscientemente.