Acabei de beber um café. Os nervos não me deixam agarrar na chávena com firmeza e tremo… o estômago parece saltar e dar voltas. Mais rapidamente do que a montanha russa, ando também eu às voltas. A chávena palpita-me na mão e tudo parece surreal. Tudo, no fundo, é surreal. Ando há um mês a ver jogos, umas vezes vestido a rigor, outras vezes nem tanto, assisto a ver só pelo prazer de ver e pela curiosidade de me sentir parte de um continente que neste momento vibra, que se une, que se afasta, que diz bem e que diz muito mal, que pragueja, que ri, que chora. As emoções, multiplicadas dentro de cada uma das pessoas que diz presente, são um turbilhão de energia que a Europa precisa, da alegria não sancionada.