30 Janeiro 2024      10:48

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Castelo de Vide negoceia compra de igreja com Misericórdia

António Pita, presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide

A Câmara de Castelo de Vide está a negociar a compra da igreja, classificada monumento de interesse público, que a santa casa da misericórdia local colocou à venda.

Em declarações à Lusa, António Pita, presidente da autarquia, disse que “obviamente que o município quer fazer parte da solução e isso passa pela possibilidade de comprar a igreja. Terei de fazer um plano de pagamento, pois isto [aquisição] não estava previsto”.

Recorde-se que a Santa Casa da Misericórdia de Castelo de Vide (SCMCV) pretende vender, por 350 mil euros, a Igreja de Santo Amaro, que apresenta sinais de degradação. Já decorreu, inclusive, um concurso público para a sua venda, mas ficou deserto.

A igreja resulta da reconstrução oitocentista e foi classificada, em 2014, como monumento de interesse público, explicou o autarca, assinalando que decorrem “negociações” entre a o município e a misericórdia relativas à aquisição do imóvel.

“Uma vez que não foi vendida por outros valores, e mantendo-se o mesmo, sim, estamos a negociar. Podemos ter novidades dentro de uma semana”, acrescentou.

António Pita fez ainda questão de recordar que a câmara, desde a primeira hora, afirmou que “não entrava em especulação imobiliária” neste negócio, mas, uma vez que não houve interessados na compra da igreja e considerando que o valor de venda “parece justo”, foi decidido avançar para a eventual compra.

A 9 de janeiro, a SCMCV, na sua página de Facebook, anunciou que a igreja se encontrava à venda. As propostas deveriam ser enviadas por carta fechada para os serviços administrativos da instituição até às 17:00 de 10 de janeiro, estando a abertura das mesmas agendadas para o dia seguinte.

Na descrição, a SCMCV indicava que a Igreja de Santo Amaro é um prédio urbano composto por três andares, quintal e sótão, com uma área total de terreno de 1.350 metros quadrados e uma área de implantação do edifício de 650 metros quadrados.

Numa portaria publicada, em 2014, em Diário da República (DR), a igreja foi classificada como monumento de interesse público.

 

Fotografia de mental.pt