28 Agosto 2023      14:23

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Alentejo Litoral critica divisão da obra de alargamento do IC33

A Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) criticou hoje, segunda-feira, a divisão da obra de alargamento do IC33 em duas empreitadas.

Em comunicado, citado pelo jornal Sul Informação, a CIMAL considera que, apesar de o “anúncio de concurso para alargamento do IC33 constituir uma vitória do poder local no Litoral Alentejano”, a divisão da obra em duas empreitadas “vai retardar ainda mais a sua conclusão”.

Note-se que, segundo a Infraestruturas de Portugal (IP), o concurso para alargar o IC33 será lançado em duas fases, visando dotar “a via rápida entre Grândola e Sines com o perfil de autoestrada com quatro faixas de rodagem em todo o seu percurso”.

Para a CIMAL, “trata-se de uma luta antiga dos municípios da região e da CIMAL, que vem sendo reivindicada há 13 anos pelos autarcas, pelo que o seu anúncio agora só peca por muito tardio”.

“Como se não bastasse um atraso de mais de uma década no processo, a empreitada foi dividida em duas fases, o que vai retardar ainda mais a sua conclusão”, acrescenta a mesma fonte.

O primeiro concurso, lançado este mês, “prevê que as obras de alargamento do troço Relvas Verdes – Roncão comecem apenas em 2024 e estejam concluídas no ano seguinte. O concurso para o segundo troço – Roncão – A2 (Grândola Norte) – só irá acontecer em 2024, de acordo com o que foi anunciado pelo ministro das Infraestruturas João Galamba, que prevê a sua conclusão dentro de três anos, em 2026”.

A CIMAL salienta que o antecessor de João Galamba no Governo, Pedro Nuno Santos, “havia garantido, em dezembro passado, que as obras de alargamento do IC 33 começariam em junho deste ano, promessa que voltaria a não ser cumprida, dado que o concurso só foi publicado há dias”.

Para Vítor Proença, presidente da CIMAL e da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, esta sucessão de adiamentos “revela que os municípios foram sucessivamente enganados quanto a prazos e que este anúncio de obras não deixa de constituir mais uma vitória do poder local e dos municípios do Litoral Alentejano”.