14 Janeiro 2024      10:24

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Alentejo ganha nova Unidade Local de Saúde

Maria Filomena Mendes, presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo
Maria Filomena Mendes, presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo

A nova Unidade Local de Saúde do Alentejo Central (ULSAC) entrou em funcionamento no dia 01 deste mês, passando a região a ficar totalmente cobertura com este modelo, mas o respetivo Conselho de Administração ainda não foi nomeado.

Esta unidade, que agrega o Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Central e o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), foi a única agora criada na região e juntou-se às já existentes do Alto Alentejo, Baixo Alentejo e Litoral Alentejano.

“Com a criação da ULSAC, todas as entidades da região passam a ter este modelo”, realçou à agência Lusa a presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, Maria Filomena Mendes, em meados de novembro passado.

A nova ULSAC, segundo o decreto-lei de novembro passado que prevê a criação desta e outras unidades, tem natureza de entidade pública empresarial e a sua sede no Largo do Sr. da Pobreza, em Évora, ou seja, no edifício do HESE.

A ULSAC gere o hospital de Évora e os centros de saúde dos 14 concelhos do distrito.

A Lusa contactou o Gabinete de Comunicação e Marketing da ULSAC para obter declarações do presidente desta nova Unidade Local de Saúde, Vítor Fialho, que já liderava a administração do HESE.

Porém, o gabinete remeteu as declarações para quando for publicada a nomeação do novo Conselho de Administração da entidade.

Num comunicado publicado na semana passada, na sua página de Internet, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde divulgou a nomeação dos membros de administrações de 13 Unidades Locais de Saúde (ULS) e do Instituto Português Oncologia (IPO) de Coimbra.

Da lista não consta a ULSAC, mas a nota indicava que as restantes administrações iriam ser nomeadas nos dias seguintes, “aguardando-se as competentes avaliações da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública”.

Entretanto, uma fonte da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde revelou à Lusa que o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Nuno Jacinto, será o novo diretor clínico para os cuidados de saúde primários da ULSAC.

Outra das novidades desta reforma na região foi a alteração da designação da entidade que gere os hospitais de Portalegre e Elvas e 16 centros de saúde no distrito (um em cada concelho, exceto Ponte de Sor, que tem dois), passando a Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo (ULSAA) em vez de Norte Alentejano.

Além desta alteração, a ULSAA integrou o Laboratório de Saúde Pública do Alto Alentejo, que era gerido pela Administração Regional de Saúde, e o Conselho de Administração passou a ter um sexto elemento, com a designação de Ana Briosa para diretora clínica para a área dos cuidados de saúde primários.

Uma outra alteração nesta USL ocorreu em Elvas com a classificação da Unidade Saúde Familiar modelo B, que, explicou à Lusa uma fonte da ULSAA, permite “aumentar a produção” por parte do corpo médico e facilitar o acesso a programas financeiros inseridos no Plano de Recuperação e Resiliência.

Na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), que gere o Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, 13 centros de saúde no distrito (com exceção de Odemira), a Unidade de Saúde Familiar de Beja e uma Unidade de Saúde Pública, não se registaram agora mudanças no funcionamento.

A mais recente foi já em julho passado quando Luís Coentro foi nomeado diretor dos cuidados de saúde primários, passando, desde então, a integrar o Conselho de Administração desta unidade.

Também não há mudanças a registar na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), que gere o Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, os centros de saúde de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines, no distrito de Setúbal, e Odemira, no de Beja, e uma Unidade de Saúde Pública.

No primeiro dia do ano os serviços de saúde no continente ficaram organizados em 39 ULS, com a criação de 31 novas unidades (a somar às oito já existentes), que têm como objetivo integrar numa mesma estrutura a gestão financeira e dos cuidados prestados pelos centros de saúde e pelos hospitais de referência. Paralelamente, serão extintas as Administrações Regionais de Saúde.

 

Fotografia de saudemais.tv