20 Setembro 2015      10:55

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FAÇA-SE LUZ!

No nosso dia-a-dia, habituámo-nos a chamar luz apenas a uma parte da luz que efectivamente existe. Parece confuso? Não é! Temos é sido bastante egoístas ao longo dos tempos…

Quando falamos em luz imediatamente associamos o Sol, ou uma lâmpada, ou uma vela, ou qualquer outro objecto que nos forneça a iluminação necessária para ver … Esta associação à palavra luz está totalmente correcta de um ponto de vista de senso comum. Contudo, “sai” do Sol ou de uma lâmpada, muito mais do que o que nos permite ver!

Definir luz é bastante complicado, mas façamos algumas tentativas:

a) Luz é o que nos permite ver; (Definição de senso comum)

b) Luz é energia que resulta de vibrações de natureza eléctrica e magnética e daí se chamar radiação electromagnética. (definição mais elaborada e de natureza científica)

c) outras……

 
 

Dizia Richard Feynman (1918-1988), prémio Nobel em 1965, que era mais fácil idealizar anjos do que imaginar o que é a luz.

 

A luz é um conjunto de radiações (frequências) que abrange as ondas rádio (menos energéticas) até aos raios gama (mais energéticas), constituindo aquilo a que os físicos chamam de espectro electromagnético.

 

A luz visível é a única radiação que é detectada pelo nosso olho e aquela a que nos habituamos exclusivamente a chamar de luz! Por exemplo, de uma lâmpada para além da luz visível também sai a luz infravermelha (calor).

Uma pergunta interessante é por que razão o nosso olho só detecta a luz visível? A resposta terá de nos fazer recuar uns milhões de anos e voltarmos aos tempos em que se iniciou a evolução celular e afins (não sou de biologia!), na Terra. A nossa atmosfera é transparente (deixa passar do Sol) maioritariamente a luz visível, pelo que a vida “habituou-se” a esta gama de radiação! Se, por exemplo, a atmosfera fosse transparente maioritariamente aos raios x (a luz que os médico utilizam para tirar fotos ao nosso interior), provavelmente seríamos como o Super-Homem e veríamos em raios x! A atmosfera terrestre é transparente a outras “luzes”, tais como as ondas rádios (e assim temos transmissões via satélite, GPS, …) ou os ultravioletas (que nos permitem ficar bronzeados), mas numa “percentagem” menor!