Rui Garrido, presidente da Associação de Agricultores do Sul (ACOS), promotora da feira Ovibeja, espera que o novo ministro da Agricultura trabalhe “em conjunto” com as associações, para resolver os problemas da lavoura.
Em declarações à agência Lusa, o responsável disse que “é fundamental que o Ministério da Agricultura e associações trabalhem em conjunto. Há muitos problemas para resolver e há muita opinião nossa para ser escutada”.
A Ovibeja, que celebra 40 anos em 2024, vai ter lugar no Parque de Feiras e Exposições Manuel Castro e Brito, em Beja, a partir da próxima terça-feira e até ao dia 5 de maio.
Tanto o Governo como a entidade organizadora do evento já anunciaram a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, na inauguração, a partir das 11:00 de terça-feira, com visita ao espaço.
O presidente da ACOS lembrou que a feira agropecuária costuma ser visitada por inúmeros políticos, anualmente, e que o novo ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, também deverá passar pelo evento.
“Vamos cá ter vários governantes e vamos ter, com certeza, uma reunião com o ministro [da Agricultura], onde lhe apresentaremos aquilo que são os problemas mais prioritários” do setor, disse Rui Garrido, realçando que pretende abordar os da região, mas também “alguns da agricultura em geral”.
O responsável acrescentou que, apesar de não conhecer José Manuel Fernandes, tem informação de que este “é uma pessoa que sabe ouvir”.
“Segundo nos disseram, o senhor [ministro] gosta de ouvir e sabe ouvir. Gosta de falar com as associações e isso será fundamental”, sublinhou.
A par disso, “sabemos que é uma pessoa que conhece bem os meandros de Bruxelas, sabe como se negoceia, portanto julgo que estão reunidas as condições para podermos fazer um bom trabalho”, acrescentou.
Para o presidente da ACOS, são “muitas as questões” a tratar com o novo responsável pela pasta da Agricultura, “desde logo a revisão do PEPAC [Plano Estratégico da Política Agrícola Comum], de que toda a gente tem falado e que é bom que se concretize o mais rápido possível”.
Rui Garrido afirmou ainda que existem outras matérias a que importa dar atenção, como “a gestão da água no Alqueva” ou “a questão do sequeiro e de haver pequenos regadios para apoiar áreas de sequeiro para produção de forragens”.
Fotografia de acos.pt