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Opinião

Linda de Suza, ou a nossa mala de cartão

Começa o ano de 2023. 2022 foi, à semelhança de muitos outros anos que o antecederam, e muitos outros que o seguirão, um ano repleto de acontecimentos bons e maus. Talvez mais maus que bons, neste especificamente.

2023 começará cheio de esperança, de boas novas, de desejos de prosperidade e felicidade. Aquilo que todos nós desejamos e que, lá para meio do ano, percebemos que as coisas não vão ser bem assim.

A minha terra é Mourão

As dinâmicas da sociedade, da economia, da educação, da saúde, entre outras, sofreram grandes alterações na última década. Também a forma de fazer política se alterou. A velocidade de informação e desinformação é agora acelerada, e o meio de comunicação que chega a quase todos passou, do banco do jardim ou da loja do bairro, para as redes sociais. Aceitando eu o desafio e o privilégio de escrever na Tribuna do Alentejo.

A taipa no Alentejo, uma técnica construtiva tradicional

A jornada pela cultura alentejana vai extensa e, no horizonte, ainda há tanto para vos revelar. Do património imaterial, seguimos até ao património material. Das tradições e saberes até à habitação tradicional da região.

A salamandra

Olhando fixamente para o céu cinzento, o homem de cara fechada, sentado em cima de um tronco de azinho, sabia já que a chuva ia voltar.

Essa certeza deixava-o com sentimentos diferentes. Por um lado, inundava-o uma felicidade muito grande que lhe assegurava a água a alimentar as terras e as barragens e ribeiras cheias. Por outro lado, os perigos que a água trazia consigo assustava-o e pensava que, em demasia talvez causasse os estragos que vira, pela televisão, na grande cidade de Lisboa.

Passaporte

Nem todos temos um. Embora todos nós, cidadãos de países onde se pode viajar, tenhamos direito a um, possamos utilizá-lo para sair de um território que é nosso nacional, passar por outro, chegar a outro ainda, nem todos temos um. Nós os portugueses temos um cartão de cidadão que nos identifica, que nos dá um número de identificação, um número de pagamento de impostos, um número para receber uma reforma nos anos mais serôdios da nossa vida e um outro que nos dia quando e onde podemos ir ao nosso médico.

A nobreza da política, muitas vezes deitada à lama...

De uma forma um tanto ou quanto inesperada, iniciei funções políticas em outubro do ano passado. Não sendo um “político profissional”, estes meses têm sido de aprendizagem e de adaptação a uma nova realidade. No entanto, a vontade de participar activamente em termos de serviço público sempre esteve presente.

Acender ou apagar velas?

Interessam-me particularmente as formas de crença e comer dos povos da terra, por isso intrigam-me as festas e as comidas tradicionais.

Nenhuma das opções está correta

O tempo passa e nós passamos pelo tempo. Tantas vezes o tempo passa por nós e não sabemos bem como entender se é ele a adiantar-se, se o atraso é nosso, se as coisas são assim ou diferentes na vida de cada um. O tempo baralha-nos. Na vida, nos serviços públicos, nos transportes, em todo o lado. Até parece que nos regemos por aquela famosa frase dos testes de escolha múltipla, em que nenhuma das opções está correta…

O mecanismo

Recentemente tivemos conhecimento de mais um caso de corrupção ativa e passiva, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder e branqueamento.

Estes crimes são imputados a altos quadros do Ministério da Defesa, os quais fizeram cinco detidos.

A operação foi denominada por "Tempestade Perfeita". Segundo a imprensa, as referidas detenções e buscas a altos quadros do Ministério da Defesa estão relacionadas com as obras no Hospital Militar.

Sabias de cor

Vem-me buscar. Estou onde sempre estive, sem pressas. Está na (tua) hora e o meu relógio bate constantemente nos ponteiros que exigem paz num mundo nosso.
Atrás da minha respiração, está a nossa canção a reproduzir-se sistematicamente e a minha mente implora, sussurrando sobre o dia que partiste e deixaste-me sem fôlego. Quero voltar a
casa. Suplico por conforto.

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