29 Abril 2024      12:58

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Enoturismo cresce 27% no Alentejo

O enoturismo no Alentejo cresceu 27% no ano passado, face a 2022, com os portugueses a liderarem o “ranking”, seguindo-se visitantes brasileiros e norte-americanos, revelou a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA).

Em declarações à agência Lusa, Francisco Mateus, presidente da CVRA, disse que “o enoturismo é uma referência para o turismo no Alentejo, que potencia não só a vinda de turistas à região como contribui para a dinamização da economia alentejana”.

Em comunicado, o responsável lembrou que, nesta região, “a tradição vitivinícola é milenar” e que os vinhos produzidos são “de qualidade e reconhecidos internacionalmente”.

E existem no Alentejo “programas de atividades diversificados, algo que atrai cada vez mais turistas interessados em conhecer a região, a cultura, a gastronomia e as gentes alentejanas”, salientou Francisco Mateus.

A comissão vitivinícola indicou que, face ao ano de 2022, o enoturismo aumentou 27% no ano passado.

Fonte da CVRA precisou que, em termos absolutos, no ano passado, o enoturismo no Alentejo registou um total de 160.148 visitantes, quando, no ano anterior, havia recebido 126.030 visitantes.

O que significa que houve mais 34.118 turistas a procuraram programas vínicos na região em 2023, face a 2022.

De acordo com os dados recolhidos pela CVRA, “o mercado nacional lidera o ‘ranking’ de visitantes, representando 50% do total de interessados” pelos Vinhos do Alentejo.

Além do “top 3”, que aos portugueses junta turistas oriundos do Brasil e dos Estados Unidos da América (EUA), outros países “têm vindo a registar um crescimento assinalável” no que respeita às unidades de enoturismo na região.

São os casos da Suíça, Espanha, França, Bélgica e Reino Unido, indicou a comissão vitivinícola, salientando ainda que “o Canadá foi a nacionalidade que registou um maior aumento, na ordem dos 75%”.

“Entre os diferentes programas vínicos, destacam-se as visitas guiadas às vinhas, às adegas e às caves, as provas de vinhos, os workshops e cursos vínicos, as sessões de vinoterapia, os passeios a pé, de bicicleta e até a cavalo pelas vinhas”, disse a mesma fonte.

De entre os diferentes itinerários disponíveis nos três distritos alentejanos – Rota de São Mamede (Portalegre), Rota Histórica (Évora) e Rota do Guadiana (Beja) –, “a Rota Histórica é a que apresenta o número mais elevado” de turistas, segundo a CVRA, que revelou ainda que “a Rota do Guadiana foi a que apresentou um maior crescimento (+44%) face ao ano anterior”.

De acordo com a mesma fonte, os dados recolhidos “reportam-se a uma análise aos enoturismos aderentes à Rota dos Vinhos do Alentejo e o inquérito aplicado obteve uma taxa de resposta de 92%”.

 

Fotografia de enoturismodocentro.pt