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Cultura

Viver na pele de uma lesma

Numa terra distante de Beja, ainda além de Albernoa, havia uma pequena aldeia. Não sei exatamente o nome mas sei que era pequena. Nesse mesmo lugar nasceu uma lesma de seu nome Bina. Infeliz, nasceu num descampado sem cuidados médicos. Sobreviveu ao nascimento em circunstâncias difíceis. Família de lesmas, Bina, teve uma infância e adolescência ainda mais problemáticas. Na escola, era uma criança lenta...na universidade, levou dez anos a terminar o curso.

A oportunidade silenciosa

Muito se tem falado da oportunidade que a pandemia criou para a modernização do ensino na escola pública, ou para a flexibilização e autonomização do trabalho. A importância quer de uma, quer de outra, é inquestionável, bem como a é a de que se trata neste texto.

Alcácer do Sal expõe Azulejaria do Século XVI

Em Alcácer do Sal, a “Azulejaria do Século XVI” vai estar em exposição, na Cripta Arqueológica.

Patente até 30 de julho, pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 9h30 às 13h e das 15h às 18h30.

Com o nome "À descoberta das reservas do Museu Municipal Pedro Nunes - A Azulejaria do Século XVI", esta exposição é constituída por 11 peças de azulejaria hispano-árabe (três pequenos painéis e azulejos avulso).

Dei-te tudo

Dei-te o mundo. Pelo menos o meu.

Dei-te as minhas lágrimas, dei-te a minha dor e continuo do avesso.

Perdi a minha voz, o meu olhar, perdi-me em ti e ainda não me encontrei.

Dei-te o meu ar junto da minha mão e largaste-a. Caiu tão suavemente que só senti quando voltei a ter um frio desconhecido, será? Tão desconhecido assim?

Fiz as pazes com a dor e jogamos xadrez. Caída nela, dá-me forças (ironicamente), não me puxando contra si, não desistindo de mim.

Hoje, contra o vento furioso, despeço-me da tua sombra que me persegue inconscientemente.

Dermatobia hominis

Lá vou eu buscar o nome latino para outra das minhas crónicas. Pois bem, assim foi de modo a não assustar o senhor leitor e até a deixar a sua curiosidade mais afinada.

Museu Berardo Estremoz vai abrir este mês

O museu com a maior coleção privada de azulejos de Portugal vai abrir, dia 25 deste mês, em Estremoz.

Beja melhora informação aos turistas com 23 totens

A Câmara Municipal de Beja instalou 23 totens informativos e uma mesa interpretativa em várias locais de relevo do seu centro histórico.

O objetivo é melhorar a informação aos turistas e visitantes, e, em consequência contribuir para a dinâmica turística do concelho.

Dia 10, há Buba para todos

Dia 10, chega o primeiro álbum do alentejano Buba Espinho em formato CD.

Bernardo Espinho, mais conhecido no meio artístico por Buba, é natural de Beja e foi uma das caras e vozes que marcou também a renascença do Cante Alentejano e o seu enraizamento nas novas gerações, tendo integrado diversos grupos como A Moda Mãe, Os Bubedanas, Mestre Cante e Há Lobos Sem Ser na Serra e, na vertente do fado, em 2016, venceu mesmo a Grande Noite do Fado no Coliseu dos Recreios

És um abutre!

Esta é a história de Feliciano Fortunato da Silva Feliz. Não é uma história qualquer, mas uma fábula que procura apelar ao vosso sentido de compaixão mais profundo por uma criatura que apesar do nome, foi sempre o oposto. Nascido abutre, era tão feio como a própria ave. Tinha no seu bico e face todas as características negativas que faziam dele temível. Nasceu careca e sem penas. Dotado apenas de uma leve penugem, as penas lá foram crescendo. Em todos os lugares menos na cabeça. Sempre foi discriminado, por todos.

Mantodea

Chamava-se Mantodea. Tinha 28 anos e um curso universitário. Era uma criatura de pernas longas e um vestido verde longo de gala, uma mulher linda! Sabia que o era. E fazia uso disso. Mantodea depois de acabar o curso mudou de cidade e foi viver para o Algarve. Antes, em Beja, sempre fora uma rapariga discreta. Numa cidade de insectos, Mantodea fez o seu percurso de forma muito discreta. Andou de um lado para o outro e em Beja era uma pessoa que passava despercebida. Nunca ninguém notou que Mantodea era, verdadeiramente, uma assassina. Nem eu sabia.

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