21 Fevereiro 2024      10:29

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Exportações de cortiça atingem recorde de 1,232 milhões de euros

As exportações portuguesas de cortiça atingiram o valor histórico de 1,232 milhões de euros em 2023, um novo recorde do setor, correspondendo a um crescimento de cerca de 2% face a 2022.

A informação é avançada pela Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR) que, em comunicado, refere que “a balança comercial ultrapassou pelo 3.º ano consecutivo os 900 milhões de euros, tendo atingido os 938 milhões de euros, graças a uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de 4,2 vezes”.

Segundo a mesma fonte, este é “um desempenho sólido que demonstra a importância e a competitividade do setor no mercado internacional e o grande valor acrescentado para a economia portuguesa”.

Assim, as exportações para os EUA cresceram para 214 milhões de euros, “tendo ultrapassado pela primeira vez na história a barreira dos 200 milhões” e consolidando-se, desta forma, “o 2.º lugar na hierarquia depois de França e à frente de Espanha, Itália e Alemanha”.

Além disso, as rolhas de cortiça “continuam a ser o principal produto exportado em valor, tendo crescido 2,1% e tendo ultrapassado pela primeira vez os 900 milhões de euros”.

Para João Rui Ferreira, secretário-geral da APCOR, “estes resultados confirmam a resiliência das nossas empresas, suportada pela performance dos seus produtos e pela estratégia de valorização de toda a fileira”.

O responsável acrescenta que, “enquanto setor que exporta mais de 90% da sua produção, a conjuntura internacional continua a ser um fator preponderante no nosso desempenho, não estando o setor imune ao ajustamento das cadeias de abastecimento e ao abrandamento significativo na procura. Este facto foi evidente ao longo do ano, marcado por um primeiro trimestre de forte crescimento e os restantes de equilíbrio com os períodos homólogos do ano anterior”.

A APCOR destaca ainda o facto de “a cortiça ser um material único do ponto de vista das suas credenciais, técnicas e ambientais, ter uma clara preferência de profissionais e de consumidores e o setor estar alinhado com os grandes desafios globais, seja na sustentabilidade seja num modelo de economia circular”.

“É por tudo isto que apesar da atual conjuntura, encaramos o futuro com otimismo. Num setor estratégico para o país, nas diferentes dimensões da sustentabilidade: ambiental, económica e social e de forma a consolidar a liderança mundial, será necessário reforçar e ativar rapidamente os programas de promoção internacional, bem como dar continuidade ao desenvolvimento tecnológico do setor”, conclui o secretário-geral.

 

Fotografia de greencork.org