21 Setembro 2023      10:04

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Coleção de Arte Contemporânea do Estado vai passar por Beja e Elvas

Depois de ter passado por Foz Côa e Castelo Branco e de ter recebido mais de 50 mil visitantes durante este ano, o programa itinerante da Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE) vai continuar a circular por Portugal em 2024, tendo passagem garantida pelo Alentejo, mais concretamente por Beja e Elvas, e ainda por Aveiro e Tavira, revelou o Ministério da Cultura, em comunicado citado pelo jornal Público.

Durante a apresentação do programa Cultura Portugal, que aconteceu em Madrid, foi também divulgada a realização de uma exposição CACE na residência oficial do embaixador de Portugal em Espanha, exposição esta que se iniciou ontem, quarta-feira (20).

Esta é a primeira mostra da CACE fora do país, após o Ministério da Cultura ter colocado esta coleção em circulação pelo país, com o objetivo de alargar os públicos e facilitar o acesso às obras.

Esta coleção, antigamente chamada de Coleção SEC, foi criada durante a década de 1970, com o objetivo de se tornar uma coleção que fosse representativa da produção artística nacional. Ao longo dos anos, foi recebendo incorporações, embora acabasse paralisada durante aproximadamente duas décadas.

Em 2019, o Governo retomou as aquisições, após cerca de 200 artistas plásticos terem, no ano de 2018, exigido a tomada de medidas urgentes junto do primeiro-ministro, António Costa, que criou um programa de compras a 10 anos.

O orçamento inicial deste programa era de 300 mil euros, mas o montante foi sendo aumentado progressivamente e, este ano, chegou ao milhão de euros.

A CACE recebeu, desde 2019, 247 obras, de 208 artistas, o que representou, de acordo com o Ministério da Cultura, um investimento de 2,25 milhões de euros.

As obras que são integradas nesta coleção são identificadas por uma comissão que tem mandatos bienais. A comissão que se encontra atualmente em funções é composta por sete elementos, encontrando-se entre estes os artistas António Olaio, Fernanda Fragateiro e Luísa Abreu e os curadores Luís Silva e Miguel von Hafe Pérez.

A curadora da CACE, coleção onde se encontram representados vários dos mais destacados artistas nacionais contemporâneos, como Julião Sarmento, Artur Bual, Júlio Pomar, Maria Keil, Ilda David, Júlio Resende, Helena Almeida, Noronha da Costa, José de Guimarães, Abel Manta e Nikias Skapinakis, é, desde maio de 2022, a historiadora Sandra Vieira Jürgens. 

 

Fotografia de 24.sapo.pt